Entenda como está o andamento das CPIs instaladas pela Câmara de Vereadores de Parobé

Atualmente, três CPIs tramitam no Legislativo. Foto: Eduarda Rocha

Parobé – Mais do que as outras cinco câmaras de vereadores do Vale do Paranhana, o Legislativo de Parobé tem se mostrado ativo quando o assunto é Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Desde o último ano, quatro temas já foram alvo de investigação por parte dos vereadores. O mais recente deles se trata da suposta ausência de R$ 588 mil do caixa físico da Prefeitura. O apontamento surgiu após um raio-x nas contas do Executivo, feito por uma empresa especializada contratada pelo prefeito Diego Picucha.

A CPI já ouviu funcionários da empresa responsável pela auditoria, servidores do controle interno e do setor de contabilidade da Prefeitura. Na próxima oitiva, que ainda não tem data para acontecer, devem comparecer os ex-prefeitos Irton Feller, Moacir Jagucheski e Maria Eliane Nunes, além do atual chefe do Executivo Diego Picucha. “Ainda é cedo para tirar alguma conclusão. Não podemos nos precipitar”, avalia o vereador presidente da comissão, Gilberto Gomes (Republicanos).

A primeira reunião com os ex-chefes do Executivo estava inicialmente marcada para acontecer no dia 26 de junho, mas foi cancelada. O adiamento nos depoimentos foi motivo de nota pública divulgada pelo MDB, partido de Maria Eliane e Irton Feller, em que a sigla diz que a solenidade “vem sendo transferida de forma aparentemente injustificada”. O documento, que foi assinado nesta quinta-feira (02) pelo presidente do partido, Valdenir Martins, expressa que “viemos tornar público o nosso manifesto desejo e disposição em que os ex-prefeitos façam seus depoimentos para mencionada CPI. Toda a demora e eventual procrastinação, deixamos claro, não é ocasionada pelos depoentes, muito pelo contrário, é perfeitamente justo que o façam, com a celeridade que o fato requer”.

Apenas uma das investigações iniciadas pelos parlamentares já foi concluída. A CPI dos Peraltas, criada em novembro do último ano, constatou um superfaturamento de R$ 35,3 mil na contratação de um show infantil para a Festa do Trabalhador de 2019. O trabalho da comissão foi realizado por mais de seis meses e ouviu representantes do Executivo da época, Secretaria de Educação, além do grupo artístico infantil “Os Peraltas”, cujo pagamento tornou-se objeto de investigação. O relatório final foi aprovado e encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.

CPI da Saúde deve ser concluída nos próximos dias

Deve ser concluído ainda nesta semana o relatório final da CPI da Saúde, que investiga supostas irregularidades no saque de R$ 3,8 milhões que estavam depositados em uma conta vinculada à área no município. De acordo com os vereadores que pediram a abertura da comissão, este saque, feito no período de 2015 e 2016, pode ter gerado mais de R$ 600 mil em prejuízos ao município. O assessor jurídico da Câmara, José Valdinei, estima que o documento passe por votação na próxima semana.

Os trabalhos que investigam se houve irregularidade na última eleição para o conselho tutelar estão em andamento. Conforme o presidente da CPI, Ênio Terra (PDT), os vereadores aguardam o recebimento de documentos solicitados ao Executivo para começar a colher depoimentos dos envolvidos. Os outros dois integrantes são Antônio Carlos dos Santos (Republicanos), e Maristela Rossato (PT).