Projeto Tem Capoeira na Praça apresenta a arte para a população de Três Coroas

Após o aquecimento, a roda é formada e os alunos praticam entre eles Foto: Lilian Moraes

Quem passa pela praça Affonso Saul durante as noites de sexta-feira percebe o som do berimbau ecoando. A movimentação entrega que algo está acontecendo e a roda vai ficando cada vez maior.

É assim, que há aproximadamente cinco anos, o projeto Tem Capoeira na Praça acontece em Três Coroas e apresenta a arte para o público interessado.

Mestre Sombrinha, responsável pelo projeto, explica como surgiu a ideia da iniciativa na cidade. “Eu sou do Rio de Janeiro e vim para Três Coroas exclusivamente para trabalhar com a capoeira. Quando conheci essa praça, vi muitos adolescentes bebendo, fazendo coisas erradas e aí veio essa ideia de fazer esse projeto. Conseguimos, inclusive, resgatar alguns jovens que ficavam por aqui”, relembra.

O Tem Capoeira na Praça acontece toda a sexta-feira, a partir das 19h e está aberto para receber mais praticantes. “É para todos. Independente da idade. E totalmente gratuito. Quem estiver passando aqui e quiser conhecer um pouco da capoeira e da sua história, que faz parte da história do nosso Brasil, porque é a única arte genuinamente brasileira, é só chegar que será bem-vindo”, convida Sombrinha.

Escola Abadá capoeira

O grupo segue os princípios da Escola Abadá Capoeira, do Rio de Janeiro. E ainda que a prática da arte seja um dos principais focos, o projeto vai além. “O objetivo da escola não é formar bons jogadores de capoeira, porque isso é muito fácil, mas sim formar cidadãos de bem. Hoje, eu vivo exclusivamente da capoeira, mas talvez estas crianças não vão ser profissionais, só que em algum momento da vida delas, a capoeira vai ter contribuído”, comenta o mestre.

Olhar de quem faz

A capoeira vem para agregar. Tirar um pouco os jovens da internet. De dentro de casa. Fazer com que ele descubra as suas próprias aptidões e seu corpo através de uma atividade física, que envolve também a musicalidade e outros diversos elementos”.

Sombrinha, mestre responsável pelo projeto.

 

Eu gosto de fazer capoeira. Não lembro direito quanto tempo faz que eu venho, mas gosto porque eu faço aula com o professor Sombrinha, ele ensina bastante. É bem legal aprender com ele”.

Manuela Amaral de Mello, 8 anos.

 

Eu gosto muito de fazer capoeira. Também gosto de vim aqui na oficina porque é muito legal, porque eu aprendo várias coisas com o professor Sombrinha”.

Yuri Joaquim Padilha, 9 anos.