Piloto de Parobé é destaque nacional no motocross aos 17 anos de idade

Parobé – O pódio já se tornou um lugar comum para Guilherme Bresolin. Aos 17 anos, o jovem parobeense acumula uma série de títulos em diferentes campeonatos pelo estado e pelo Brasil. A conquista mais recente foi a segunda posição no Campeonato Brasileiro de Motocross, na categoria MX2. Bresolin já foi duas vezes campeão brasileiro, em 2019 e 2021, e duas vezes campeão gaúcho, entre outras conquistas.

O piloto começou a ter contato com o esporte aos oito anos de idade e iniciou a participação em competições aos 10, mas considera que poderia ter começado mais cedo. “Na verdade, comecei bem tarde. Logo no meu primeiro ano, em 2015, já tive uma experiência de corrida no brasileiro. Achei bem legal e interessante, porque até então eu só fazia os regionais. Foi no brasileiro que tive aquela paixão diferente”, relembra, afirmando que sempre quis ser o primeiro.

Para comemorar sua conquista mais recente, Bresolin foi recebido pelo prefeito Diego Picucha em seu gabinete no último mês. Na ocasião, Picucha, que já havia recebido o jovem piloto em outras oportunidades, reforçou o orgulho que a cidade tem do atleta pela participação em diversas provas no país, levando o nome do município junto consigo.

Treinamento
A rotina de treinos é intensa e inclui pedais, academia, corrida, pilates e também, é claro, treinamentos com a moto. “São treinos variados. Tem dias que treino para descansar, com uma coisa mais leve, e outros faço treino pesado. De moto eu ando de três a quatro vezes por semana, em pistas da região”. O profissional responsável pelos treinos é de Minas Gerais, conta Bresolin. “Às vezes a gente faz pré-temporadas em Minas, ou uns treinos em Florianópolis. É conforme vamos tendo ideia. Quanto mais a gente se divertir, melhor”, conclui.

Início
Antes de se dedicar profissionalmente ao esporte, o piloto fazia trilhas junto com seu pai, Leandro Bresolin. “Um dia levamos nossa moto no mecânico e ele disse para meu pai me levar para uma disputa em Torres”, recorda. Depois dessa participação, as trilhas deixaram de ser prioridade e o motocross ganhou a atenção do esportista. “Gostei do esporte e a partir disso começamos a investir nele”.

Dificuldades e futuro
Como em toda profissão, dificuldades acabam surgindo e precisam ser superadas durante a trajetória. Para Guilherme, não é diferente. Mesmo com pouca idade, o piloto já sofreu acidentes competindo ou treinando de moto. Ao longo dos anos ele precisou lidar com lesões que acabaram o impossibilitando de pilotar, como fraturas no tornozelo, no ombro, na clavícula e nos pulsos.

Todas as dificuldades, no entanto, nunca foram motivo para desistência, como demonstra o histórico de conquistas. Para este ano, o jovem piloto avalia ainda participar de algumas etapas do campeonato gaúcho. Para 2023, os planos são competir novamente no Campeonato Brasileiro e no Arena Cross. “Além das competições daqui, também quero muito correr no exterior”, projeta Bresolin.