Parobé 40 anos: Representando a cidade desde antes da emancipação

Sede do clube conta com um espaço para festas, quadra de sintético e campo de futebol 11 Foto: Lilian Moraes

O futebol faz parte da essência de Parobé e desde antes de sua fundação a cidade já possuía um time que a representava em competições na região: o Grêmio Esportivo (GE) Parobé, que nem sempre foi conhecido assim.
Fundado na década de 1930 com o nome de Esporte Clube Parobé, a entidade passou a ser conhecida como GE Parobé apenas em 1947, quando foi encaminhada a filiação na Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
Horácio Willers, ex-presidente que ficou à frente do clube por 14 anos, resume como foi a participação de Parobé em campeonatos amadores e fala sobre o momento do clube. “Participamos por muito tempo dessa competição. A última vez acredito que foi em 2011. Depois aconteceram mais dois campeonatos da categoria em que não participamos e ele acabou sendo extinto pela FGF. Hoje não temos nenhum time e nem escolinha, o que temos de mais representativo é um grupo de ‘cinquentões’ que joga a cada 15 dias aqui e mantém esse vínculo. São pessoas que jogaram antigamente, colaboram e são associados”, conta Willers.
Um fato curioso contado sobre o time no livro Uma Fazenda, Um Sobrado, A Estação (1999), da professora Lígia Mosmann, remonta uma rivalidade criada no período que o Grêmio disputava o Campeonato Estadual de Amadores. Conforme a obra, nesse período sempre que o time de Parobé enfrentava o Esporte Clube Igrejinha, as partidas eram disputadas de uma forma intensa e reuniam numerosos publicos até a década de 1950. Dez anos depois, há o registro de fundação de outros times, como o Esporte Clube Operário e o Esporte Clube Guarani.

Ex-presidente comenta evolução do clube e destaca ações de qualificação

Após atuar por mais de 10 anos na presidência, atualmente Horácio faz parte do time de conselheiros, mas não deixa de acompanhar o GE Parobé e comenta sobre a evolução da entidade durante este período. “Se olharmos Parobé a um tempo atrás, nós que somos um pouquinho mais experientes, lembramos de muitos clubes e times com campo e tudo. Então, nessa maneira, a gente conseguir manter esse patrimônio, manter o clube erguido, sendo o clube mais antigo do município, isso já é um legado que estamos preservando”, pontua.
Durante a história do clube, ações pensando na qualificação da estrutura foram realizadas e colocaram o GE em outro patamar no que diz respeito às condições da sede.
“Tem coisas muito bacanas como a inauguração da quadra de grama sintética, a instalação da iluminação através de refletores que foi o primeiro projeto do Sul do Brasil que contou com a Lei do Incetivo ao Esporte. Fomos nós os pioneiros, ninguém do Paraná para baixo havia conseguido. Outro marco bacana foi a implantação da energia solar, então estamos aí por quatro/cinco anos pagando isso, um investimento longo e que acaba impossibilitando outros investimentos, mas são ações que deixam um legado importante para o futuro”, cita.
Atualmente Maurício Vargas ocupa o cargo da presidência e conta com uma diretoria no desenvolvimento do trabalho no clube, que é mantido com o aluguel do campo de futebol 11, da quadra de futebol sintético e também do espaço de convivência da sede.