Natália Pereira: realizando sonhos e quebrando paradigmas na Copa Cidade Verde de Três Coroas

Mais do que receber atletas para uma competição, a Copa Cidade Verde de Três Coroas já é conhecida por oportunizar a realização de sonhos de jovens jogadores que pretendem seguir carreira no futebol.
Este ano, seguindo essa premissa, a Copinha recebeu mais uma história que, desde o início do ano passado, ganhou repercussão mundial: Natália Pereira, catarinense de 10 anos, única menina do país a ser aceita em uma categoria de base para jogar entre meninos, também disputou a Copa Cidade Verde pela categoria sub-10 do Avaí de Santa Catarina.
Conhecida pelos seus laços coloridos, Natália chama atenção por sua personalidade e habilidade dentro de campo, o que é exaltado pelo técnico Lucas Araújo Colturato. “Os fundamentos técnicos dela sempre chamaram muita atenção, ela tem domínio, passe, finalização… não é à toa que ela joga de meia né”, comenta. Além disso, Colturato também destaca a experiência da atleta em competições a nível nacional e ressalta a importância da competição para os atletas “A gente vê que para a formação de qualquer atleta é muito benéfico essa concentração em alojamento, longe dos pais… vivendo a realidade uma competições”, comenta.

Melhores do mundo servem de inspiração

Sem titubear, Natália não pensa duas vezes ao responder sobre suas maiores inspirações no esporte: Amandinha e Marta, as melhores do mundo do futsal e do futebol brasileiro servem de exemplo para a jovem atleta, que demonstra uma independência quase incomum para sua idade. Questionada sobre como ela se sente servindo de inspiração para meninas que sonham em jogar futebol, ela responde com propriedade. “Eu me sinto muito feliz, porque antes eu me inspirava na Lara Soccer e em outras atletas também e agora eu sirvo de inspiração. Isso me deixa muito contente”, comenta.
Em 2020 Natália completa 10 anos e poderá jogar no Avaí até os 13. De acordo com Colturato, técnico da categoria, até essa idade é natural que haja um desequilíbrio no desenvolvimento de características fisícas dela em relação com os meninos, o que pode prejudicar ela no rendimento. “No entanto, a gente projeta iniciar categorias menores no Avaí justamente para dar opotunidade para outras meninas como a Natália”, explica. O comandante também esclarece que mesmo que o Avaí tenha um time profissional feminino, é difícil dizer que a atleta irá jogar nele futuramente, mas revela que o clube pretende implementar categorias maiores.
Além do Avaí, Natália também joga no Centro Olímpico, em São Paulo, para onde viaja uma vez por mês acompanhada de sua mãe.