Futebol feminino de Parobé segue revelando jovens no esporte com o seu berço de talentos

Cerca de 30 meninas participam dos treinamentos físicos e táticos Foto: Lilian Moraes

A copa do mundo de futebol feminino realizada este ano, recolocou em pauta um assunto que há anos vem sendo debatido: a valorização para a categoria no esporte. Declarações da brasileira Marta, eleita a melhor jogadora do mundo por seis vezes, ganharam o mundo e fizeram meninas do Brasil inteiro continuar sonhando com um futuro melhor. Em Parobé, a aproximadamente cinco meses, cerca 30 meninas estão tendo a oportunidade de viver esse sonho através das aulas do professor Paulo Vitor Viana da Silva, no Grêmio Esportivo Parobé.

 

Professor Paulo Vitor Viana da Silva coordena treinamentos na cidade Foto: Lilian Moraes

Paulo é formado em Educação Física pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e comenta que desde muito novo o seu envolvimento com o esporte é mais do que apenas uma paixão pelo futebol. Em relação ao feminino, Viana explica que foi algo que aconteceu por acaso. “O professor Jeferson sempre gostou do meu trabalho e me levou para trabalhar com ele. Ano passado eu fui e aí foi só coisa boa”, conta. Em 2018, Paulo trabalhou com o time da escola Getúlio Vargas e foi hexacampeão dos Jogos Bom de Bola na categoria, além de participar da 2ª edição de uma das maiores ligas de desenvolvimento de categorias de base da América do Sul, em São Paulo, representando o time do Vitória da Bahia e conquistando o 4º lugar na categoria sub-14.

Diferença de posturas são visíveis entre meninas e meninos no esporte

Paulo também fala sobre as diferenças entre treinar meninas e meninos. “É quase que uma cultura, os meninos saem de casa com o pensamento de que são craques, as meninas chegam aqui para aprender e se eu chamar qualquer uma delas e dar uma ordem, elas vão fazer sem questionar, os meninos não”, comenta. Essa disciplina acabou resultando em um rápido retorno de resultados, oito meninas da escolinha vão disputar o Gauchão Sub-15 pelo time do João Emílio de Candiota.

Inúmeros talentos e um sonho em comum

O Repercussão Paranhana conversou com três das oito meninas que foram convocadas para disputar o Gauchão pela equipe da cidade de Candiota para entender um pouco mais sobre essa paixão que permite elas sonhar com um futuro no esporte. Eduarda Dias, de 14 anos comenta que o futebol surgiu na sua vida através da família, que sempre acompanhou o esporte. “Quando surgiu essa oportunidade eu tentei e gostei (…) Conforme for surgindo oportunidades, pretendo seguir em frente”.

Julia Simon é considerada uma das joias da escolinha e com 13 anos, fala com propriedade sobre a chance de seguir carreira. “Quando teve a oportunidade de vim eu comecei a me entregar, gostar mais e quero continuar”, comenta. Júlia Lemes, a camisa 10 do time, de 14 anos, relata que sempre jogou, mas que passou a levar mais a sério depois que começou na escolinha. “Quando as meninas me convidaram para jogar aqui eu me empolguei e vim, hoje é um sonho. Venho para cá, me esforço, dou meu máximo, lutando para um dia ter uma oportunidade maior e sempre valorizando a camisa do time”, relata.

Foto principal: Reprodução/Divulgação