O pouco investimento e o devido reconhecimento ao futebol feminino reflete em poucas oportunidades àquelas que apreciam o esporte.
O PSG (Projeto Sonha Guria), de Parobé, surgiu em 2019 devido à falta de locais de treino para meninas. Hoje, o local existe, mas a direção do projeto busca por apoio público para fortalecer o que vem sendo feito.
A procura por incentivo surge devido a necessidade de manter o projeto. “Hoje damos uma ajuda de custo para nossos treinadores que sai da contribuição mensal das meninas, e as demais despesas restantes saem do bolso da direção e alguns poucos apoios particulares”, contou Carlos Roberto de Freitas, pai da atleta Taila e que também faz parte da direção do PSG.
Um edital foi elaborado e enviado à prefeitura de Parobé afim de dar seguimento ao trabalho. “Com o apoio, vamos conseguir dar continuidade ao Projeto, já viemos a algum tempo buscando e caso não venha este apoio infelizmente não temos como continuar”, mencionou Freitas.
A Prefeitura lançou recentemente um edital onde diz que “O Município de Parobé comunica aos interessados que está procedendo o chamamento público para a seleção de Organizações da Sociedade Civil – OSC […] para a celebração de Patrocínio para, em regime de mútua colaboração, a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de políticas públicas voltadas ao Futebol Feminino”. A direção aguarda respostas definitivas.
Julho será marcado por competições
Fundado há 3 anos, o PSG começou com 6 meninas. Hoje já são 28 atletas que fazem parte do Projeto, com faixa etária entre 11 e 18 anos.
Tendo como meta manter as atividades, a categoria adulta será integrada e campeonatos disputados. Só em julho, o PSG disputa a Copa Cristal em Porto Alegre, Copa Feevale, Municipal de Parobé e Copa Ítalo-Germânica, que terá uma rodada sediada na cidade.
Talentos em grandes clubes do Sul
Mesmo que 85% das meninas que fazem parte do PSG sejam de Parobé, moradoras de Sapiranga, Ivoti, Portão e Lindolfo Color também integram as equipes.
As atletas possuem uma única obrigação em comum: estar estudando e apresentar o rendimento escolar à direção. “Nosso objetivo sempre foi e será o desenvolvimento e envolvimento de jovens com o esporte, oportunizar a elas ter um ambiente sério e saudável para treinar futebol. Além, é claro, de poder estar lançando talentos que anterior ao projeto não teriam como estar nos grandes clubes”, ressaltou Freitas.
As jogadoras treinam com dois professores formados e capacitados, e também é oferecido a elas acompanhamento psicológico com encontros quinzenais e, se necessário, atendimento direto com psicólogas.
Campeonatos já foram disputados e troféus conquistados ao longo da história do PSG. “Além disso, já temos duas meninas desenvolvidas aqui fazendo parte da equipe sub-15 do Internacional e outra na sub-15 do Grêmio”, comemorou o pai de Taila.
Os treinos são realizados nas terças e quintas-feiras, das 17h30 às 19h, e nos sábados, das 14h às 16h. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (51) 99844-5235.
