Um estádio na área central do município, uma história que começa em 1930, antes mesmo da emancipação da cidade, e um DNA vencedor: esses são só alguns aspectos da trajetória de 92 anos do Esporte Clube Igrejinha.
O clube surgiu através de uma fusão de duas equipes: o Rio Branco e o Nie Gedacht, que atuavam em lados opostos do Rio Paranhana. Nessa história próxima de atingir seu centenário, dentro de campo a maior conquista fica por conta do título da Segundona Gaúcha de 1968, conquistado de forma invicta pelo clube.
Quem celebra com orgulho os feitos históricos dessa trajetória prestes a se tornar centenária é o atual presidente Guilherme Hammes Touguinha. Natural de São Lourenço do Sul, ele assumiu o comando do clube em 2021, mas sua paixão pelo tricolor começa ainda na década de 90. “Eu cheguei em Igrejinha em 1988 e com nove, dez anos eu comecei a me interessar por futebol. Passava pela frente do estádio e depois ingressei na escolinha”, contou Guilherme. “Depois fui morar em São Paulo, mas sempre mantive esse carinho pelo clube e, quando retornei, o ex-presidente Ademir Stein me convidou para assumir esse desafio”, acrescentou.
A forte identificação com a comunidade também é um fator exaltado pelo presidente. “O Igrejinha faz parte da cidade. O estádio é no coração da cidade e o clube é da comunidade e assim precisa ser”, exaltou ele.
Igrejinha 2030 e ideias para o futuro
O trabalho a longo prazo, pensando no futuro do clube, é uma das metas para tornar o Igrejinha ainda mais forte. Lançado em 2020, a meta principal é a equipe profissional estar disputando a elite do futebol gaúcho no ano do centenário do clube. “O slogan desse projeto é ‘Um Clube para o Futuro’ e é dessa forma que estamos trabalhando”, explicou Touguinha. “Nossa meta é inserir o clube novamente dentro da sociedade. O Igrejinha sempre foi um lugar para socializar”, lembrou Guilherme.
Dentro desse planejamento, o clube optou por não disputar a Terceirona Gaúcha em 2022. “Tivemos uma perda de receita muito grande nos últimos dois anos e com a queda para a terceirona, optamos por essa parada, para buscar uma reestruturação e voltar forte em 2023”, detalhou o presidente do Igrejinha. Apesar do recesso com a equipe profissional, as categorias de base seguem ativas, ação também prevista dentro do projeto Igrejinha 2030. “Agregamos novas categorias e também vamos investir em um coordenador para que a base também faça esse elo com a comunidade”, pontuou o presidente destacando outra meta do planejamento do clube. “Queremos que a comunidade abrace o clube e se sinta parte disso”.
Obras também estão em andamento na sede do clube para garantir novas fontes de receita que irão contribuir para a saúde financeira da entidade.