Igrejinha – Com uma história recheada de conquistas, em 2020, o Esporte Clube Igrejinha chegou aos 90 anos de vida. Responsável por proporcionar diversas alegrias a sua torcida. Detentor de uma estrutura invejável, o tricolor do Vale do Paranhana desenvolveu-se ao longo dos anos e, desde 2018, disputa a Divisão de Acesso Gaúcha na busca pela sonhada vaga na elite do futebol do Rio Grande do Sul. Entretanto, se o passado recente é motivo de orgulho pela ascensão a segunda divisão, a história escrita pelos grupos das conquistas de 1967, 1968 (foto principal), 1979 e 1980, é reconhecida com o mesmo entusiasmo.
Um dos protagonistas desta trajetória é Jorge Luiz Petry. Titular do ECI aos 16 anos, o ex-atleta iniciou sua história no futebol com 12, no 15 de novembro, de Igrejinha. Passou pelo Novo Hamburgo de 1977 até 1979 e retornou para a terra da oktoberfest. “Voltei jogando a terceira divisão e naquele ano o time subiu para a segunda”, conta. No mesmo ano Jorge ainda relembra que jogou no São José de Porto Alegre, onde permaneceu por 90 dias e, ainda na capital, recebeu uma proposta do Internacional. “Treinei apenas uma semana, já que não houve acerto pela direção que estava viajando”, disse.
No livro “Histórias e glórias de um campeão” de Virgílio Ernesto Ulmann, a história de Jorge no Esporte Clube Igrejinha é descrita como um “modelo de caráter e de amor ao clube, para os novos que se aventuraram no futebol. Na galeria dos grandes nomes do Igrejinha, Jorge Petry merece um lugar de destaque pelo o que representou, como atleta e figura humana. ”
Na história do clube
Considerado um dos maiores centroavantes da história do Esporte Clube Igrejinha, Petry se destacou no período que jogou no tricolor do Vale do Paranhana pela sua qualidade técnica quase que incomum para os jogadores da época. No entanto, embora seu desempenho dentro de campo tenha colocado o seu nome na história do clube, entre todas as suas características, uma peculiaridade da sua carreira o faz ser lembrado com um carinho especial pela torcida: o fato de ele ter recusado uma proposta do Paysandu de Belém, para ficar em Igrejinha com sua família.
Quem vai ao Estádio Alberto Carlos Schwingel percebe que até hoje a torcida reconhece os feitos do atleta pelo clube. Uma faixa com seu rosto é exposta no alambrado do campo em todos os jogos do time, o que foi recebido com surpresa por Petry, em 2017, no ano em que o clube obteve o acesso para a Divisão de Acesso Gaúcha. “Foi muito emocionante e gratificante ser lembrado pela história em que conquistei no clube, ainda mais, depois de tanto tempo”, disse.
Entre idas e vindas, foram 12 anos de títulos, gols, artilharias e histórias entre Jorge Petry e Esporte Clube Igrejinha. Uma relação de “amor, carinho e integridade”, como define o próprio Jorge.
