Parobé 40 Anos: Cine central, saiba mais sobre o cinema de Parobé

Cinema foi atração em Parobé até década de 90 Fonte: Trilhando a história de Parobé

Falar da história de Parobé e não citar o antigo Cine Central é praticamente impossível. Por muitos anos, o local foi um ponto de encontro e de lazer para diversas famílias da cidade que, na época em que foi fundado, não possuíam televisão como opção de entretenimento. Foi na década de 1950 que o Cine Central surgiu, por iniciativa de Albino Eloy Sweitzer que adquiriu um projetor de 16mm, alugou uma sala e comprou alguns filmes. Conforme Ligia Mosmann, Sweitzer, Albino era um apaixonado pelas telas e assistia os filmes junto com a público e também dividia com eles os custos para colocar o cinema em atividade.

O prédio onde se situava o Cine Central foi construído por Germano Correa logo no início do século XX, pouco após a inauguração da Estação Férrea Parobé, e inicialmente funcionava como um pequeno hotel, além de vender “secos e molhados” e confeitaria. Também foi salão de bailes e fábrica de calçados. No período em que abrigou o Cine Central, o espaço também contava com apresentações de grupos de teatro. “Bandas de baile também se apresentavam no local”, conta Maicon Leite, autor do projeto “Trilhando a História de Parobé”.

Antes de se chamar Cine Central, o cinema de Parobé tinha o nome de Cine Imperial e foi fundado em 1951. De início, funcionava uma vez por semana, com lotação de 100 lugares, atingindo uma média anual de 42 sessões, totalizando cerca de 3.418 expectadores.

Elutério Muller Huff, em depoimento para o projeto “Trilhando a História de Parobé” conta como era o cinema de Parobé. “Lembro que na época do seu Eloy era uma cabine de madeira na entrada onde ficava um projetor. As cadeiras eram com encosto alto, não havia declive em direção a tela. Depois reformaram, rebaixaram o assoalho, fizeram rampa, as cadeiras passaram a ser com encosto baixo”, comenta o antigo espectador do Cine Central.

O Cine Central funcionou até a década de 1990 e já antes de sua extinção, era controlado por Antônio Machado, que era também proprietário do cinema de Taquara.

No período em que esteve em atividade, o Cine Central exibiu filmes de Teixeirinha, 007, Trapalhões, faroeste, entre outros. “Os Trapalhões e a Árvore da Juventude foi justamente o último filme que lembro de ter assistido e lembro bem de como era o cinema”, cita Maicon.

Após o fim das atividades, o cinema deu lugar a um mercado e, posteriormente, o prédio foi demolido e construído um novo prédio, onde chegou a abrigar uma pizzaria. Por fim, este prédio também foi demolido e, atualmente, em nova construção, abriga uma farmácia.