Oktoberfest de Igrejinha conta com cerca de 3 mil voluntários responsáveis pela realização da festa

Laura Blos
da Região

A Oktoberfest de Igrejinha acontece desde 1988 e é um dos eventos mais esperados na região. O que as pessoas de fora da cidade, provavelmente, não sabem é que a festa conta com cerca de 3 mil voluntários para ser realizada (cerca de 10% da população do município). Alguns deles participam da organização do evento desde a primeira edição.
É o caso de Ronete Werb, 56 anos, que participa desde a primeira edição, em 1988. “Iniciei servindo chope, já atuei na área do financeiro, trabalhei com o Clóvis (marido) quando ele presidiu a festa na 26ª edição. Este ano sou uma das coordenadoras da comissão de decoração, trabalho que me orgulha muito, que exige responsabilidade, minha e dos 30 voluntários que trabalham na comissão, mas também me deixa realizada quando entregamos tudo e vemos a cidade e o Parque prontos para receber os visitantes”, conta Ronete.
Já Amauri Heidrich, presidente na 20ª Oktoberfest, em 2007, também está entre os voluntários que desde a primeira edição participam da realização da festa. “Entrei em um grupo que precisava completar a equipe para servir chope e estou até hoje. Sigo em uma equipe de chopeira e também sou diretor de Patrimônio. Em 2007 estive à frente dos 3 mil voluntários, foi uma experiência engrandecedora”, revela Amauri.
Segundo dados do IBGE, em todo o Brasil, as pessoas estão deixando de ser voluntárias. No ano passado, cerca de 7,2 milhões de pessoas praticaram o voluntariado, em porcentagem, isso mostra que apenas 4,2% da população pratica algum tipo de trabalho voluntário.
Por outro lado, desde 1º de agosto, começaram às vendas de ingressos para Camarote Oktober Schin e Área VIP. A venda acontece em 36 pontos de venda físicos, e no site oktoberfest.org.br/valores (também disponível a lista dos pontos de vendas).

Chegadas e partidas
O ano de 2019 será diferente para Arlete Blauth, que durante 28 anos foi voluntária da festa. “Fiz de tudo como voluntária, servi chope, ajudei no desfile, na decoração e também trabalhei nas banquinhas das entidades, como Arekerb, Vila Nova, Maçonaria. Neste ano, por questões de saúde, tive que abrir mão, pois quando me dedico eu mergulho 100%, e desta vez não poderia. Mas, desta forma, novas pessoas podem participar como voluntárias, a renovação é necessária! Ainda assim integro dois grupos que estão com atividade no Projeto de Socialização, o OASE e Arekerb, então de alguma forma ainda me envolvo”, declara Arlete.
Há também quem viverá pela primeira vez o voluntariado neste ano. Vinicius Linden, 32 anos, se juntou ao grupo da comunicação e marketing. “É intensa a expectativa. Como jornalista, sempre estive do outro lado, recebendo as informações da festa para divulgação nos veículos em que trabalho. Neste ano, a atuação é diferenciada, mas o voluntariado essencialmente é a doação daquilo que conhecemos para os outros”, comenta o novato.

Importância

Fotos: Juliano Arnold