Memórias de uma não tão distante época vivida em Taquara

Taquara – Em 1924, nascia uma história de 40 anos. Uma vida adulta, por assim dizer. Essa foi a duração da linha Taquara-Canela, parte de um trajeto ferroviário que marcou história no Século XX.

 

Os trilhos surgiram como um complemento, uma nova parte da estação ferroviária que já existia partindo de Novo Hamburgo. Mais do que um meio de transporte, a ferrovia surgiu como um impulso econômico para Taquara e região.

Das facilidades que surgiram da ligação Paranhana-Serra, destaque para o transporte de madeira, forte produção existente na época. Tudo partia do bairro Centro, onde eram vendidos os bilhetes para embarque e desembarque de passageiros e mercadorias.

Uma das curiosidades do trem era que, junto dele, não chegavam apenas pessoas, mas, também, encomendas. Era de praxe, por exemplo, a cidade aguardar o sinal da fumaça e das correspondências que, junto dela, alcançavam o solo taquarenses e eram entregues à domicílio.

Ao fim, ficam as lembranças

O saudosismo daqueles que viveram entre as décadas de 30 e 60 já indicam que a linha férrea, hoje, não existe mais. Em 1964, houve a desativação da ligação ferroviária entre Taquara e Canela.

Antes de “morrer” por completo, a ferrovia serviu para transporte apenas de residentes da região por um tempo. Aproveitando a permanência dos trilhos, um carromotor foi destinado para levar e trazer taquarenses à Canela e vice-versa.

A proposta, entretanto, durou pouco. Com a construção da RS-115, o transporte público via ônibus era uma opção mais barata e rápida, encerrando, em definitivo, a linha Taquara-Canela. O que resta é a história, os relatos e a lembrança daqueles que viveram ou valorizam este período.