Governador Eduardo Leite responde perguntas sobre assuntos pertinentes ao Vale do Paranhana

A  32ª Oktoberfest de Igrejinha chegou ao fim no domingo (27), mas segue sendo assunto devido ao grande sucesso da edição. Além de contar com a presença de milhares de pessoas nos nove dias de festa, a edição também recebeu a presença ilustre do Governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

No final de semana de abertura da festa, Leite cumpriu agenda no Vale do Paranhana e, a convite da AMIFEST, participou da cerimônia que deu o “pontapé inicial” à 32ª Oktoberfest. Além do evento, o governador também visitou a Usaflex e o Sindicato da Indústria de Calçados em Três Coroas.

Em seu depoimento na empresa, o governante frisou que o estado está trabalhando para diminuir os gastos da máquina pública, podendo assim, futuramente, diminuir os custos dos impostos para o setor e oportunizando investimentos na área.

Confira fotos da visita a empresa:

Já na solenidade de abertura da festa, Leite destacou a participação dos mais de 3 mil voluntários e fez questão de salientar o empenho de todos em manter viva a cultura do voluntariado da festa, que beneficia entidades de toda região com seu lucro, ressaltando o exemplo que a cidade dá através de sua festa: “Isso precisa ser celebrado e destacado. Igrejinha já conhece bem isso e agora o Rio Grande do Sul, através da lei aprovada na Assembleia Legislativa, coloca isso em destaque para não apenas fazer o justo conhecimento a Igrejinha e a toda a sua comunidade, mas para colocar em destaque para que seja exemplo para o nosso Rio Grande do Sul, aquilo que aqui se faz com o voluntariado e que precisa ser exemplo”, disse.

Confira fotos da abertura da oktoberfest:

Além disso, aproveitando a sua agenda no Vale do Paranhana, o Governador respondeu perguntas da imprensa em relação a demandas da região e que vem gerando debates entre lideranças locais, como a possibilidade de construção de um novo presídio em Taquara e sobre o futuro das ERS 115 e 020.

“Estamos buscando construir soluções”

Entrevista – Eduardo Leite, governador do Estado

 

Jornal Repercussão – A respeito da construção de um novo presídio em Taquara: O que o senhor pensa disso? Ficou sabendo dessa situação?
 Eduardo Leite – “Nós analisamos o estado nas diversas frentes, nas possibilidades de construção de novas unidades penitenciárias, o que acho que é importante que em cada região se tenha consciência é que o sistema penitenciário faz parte da solução do problema da segurança pública. Não teremos nunca paz e sossego, se mantivermos as nossas unidades prisionais nas condições em que elas estão e com o déficit de vagas existentes, então nós precisamos construir novas unidades penitenciárias e não pode ser aquela que é “a mais longe da minha casa”, sempre vai estar perto de alguém. Então estamos buscando construir essas soluções para a implantação de novas unidades prisionais no estado, conscientes de que isso é uma solução para um problema, termos unidades estruturadas, nas condições de fazer o isolamento, ou seja, a restrição da liberdade e a recuperação desses detentos. Todos eles voltarão ao convívio social, se nós não trabalharmos para que tenhamos unidades qualificadas para promover essa reinclusão na sociedade, se permitirmos que continue como nós temos hoje o sistema prisional precário, todos nós pagamos o preço de fazer voltar ao convívio social pessoas que terão eventualmente até piorado a sua conduta dentro do sistema prisional, mas não há nenhuma decisão. Tudo há um debate com um encaminhamento que será feito de forma serena.”

 Jornal Repercussão – O senhor tem alguma novidade para anunciar para o Vale do Paranhana em relação a ERS – 115?
Eduardo Leite – “Como sabem o estado do Rio Grande do Sul ele passa por severa crise fiscal, o que limita muito a capacidade de investimento do estado. Nós colocamos a prioridade de R$ 300 milhões de reais de investimentos neste ano nas estradas, para a recuperação de estradas mais danificadas e para a conclusão de obras que estavam em andamento. Até por que, não faria sentido abrir novas frentes de trabalho, sem concluir aquelas que estavam em andamento, de obras paradas, que foram paralisadas pela falta de capacidade fiscal do estado. Como nós estamos planejando os novos investimentos: principalmente com a parceria do setor privado e rodovias como a 115 que são importantes turisticamente, que tem um movimento, um fluxo expressivo de veículos, estão na ordem do dia como prioridade para o nosso programa de concessões da iniciativa privada, para que nós possamos fazer a ampliação da capacidade dessas rodovias, não apenas melhor mantê-las como também ampliar a sua capacidade, seja com terceiras pistas, seja com duplicação, dado que essa decisão ela é pelo o que a capacidade do volume de veículos que por ali trafegam, é ela que determina. Você não pode colocar para duplicar uma rodovia que não tem o fluxo suficiente, então esse estudo técnico já está em andamento no estado e nós pretendemos fazer a concessão de mil quilômetros de rodovias no Estado, para a iniciativa privada, para viabilizar os investimentos e estamos muito seguros de que as rodovias da região estarão incluídas, dado que é uma região altamente produtiva e turisticamente relevante, o que portanto justifica pelo movimento de veículos, de caminhões que acaba tendo, esse investimento em parceria com o setor privado. Nós estamos nesse momento com a contratação do BNDES, isso deve acontecer nos próximos dias, a contratação do Banco Nacional do Desenvolvimento, para fazer a modelagem, então o que nós vamos fazer? Pegar todas as rodovias que hoje são controladas pela Empresa Gaúcha de Rodovias e outras rodovias que tenham um fluxo maior de veículos, para que o BNDES possa fazer com o apoio de consultorias técnicas especializadas, todas as análises para que nós possamos formatar os processos licitatórios para a concessão dessas rodovias e estamos também trabalhando em parcerias público privadas para o saneamento básico, nós já lançamos o edital de licitação para a região. ”

Jornal Repercussão – Para a ERS-020, há alguma projeção de investimento?
Eduardo Leite – “Estamos fazendo uma análise do que se suporta, do que se sustenta com iniciativa privada e aquilo que não tem a capacidade da iniciativa privada de promover o investimento, estamos buscando a capacidade do Estado de promover um investimento para a sua restauração, é por isso que é tão importante a gente frisar as reformas que estamos encaminhando com a Assembleia Legislativa, para que o Estado possa conter o crescimento do seu custo, da sua despesa com a própria folha de pagamento e possa liberar o seu orçamento mais para investimentos, porque hoje a maior parte do nosso orçamento é folha de pagamento do Estado e nem assim o RS consegue pagar em dia, então é muito importante que nós tenhamos o apoio da população, da Assembleia Legislativa, para reformas estruturais que vão permitir com que o Estado retome capacidade de investimento para colocar o recurso naquelas áreas em que a iniciativa privada não alcança.