Três Coroas tem seus finalistas para Mostratec Júnior 2023

Alunos desenvolvem e aprimoram habilidades que serão fundamentais ao longo de toda a vida. Foto: Divulgação.

Três Coroas – A II Feira de Iniciação Científica de Três Coroas, que aconteceu de 24 a 26 de agosto, no Ginásio Municipal Armando Brusius, foi um sucesso. O evento permitiu a apreciação das produções de conhecimento que começam na sala de aula e são apresentadas nas feiras científicas de cada escola.

 

Cada educandário classificou um trabalho de cada categoria para a etapa municipal. Assim, a partir das apresentações dos trabalhos científicos e da avaliação de profissionais, o município premiou os projetos vencedores de cada uma das categorias do ensino fundamental, com credenciamento direto para a edição 2023 da Mostratec Júnior.

“Cadê o músculo do Benjamin?”

O projeto “Cadê o músculo do Benjamin?”, dos alunos da turma 111 da EMEF Mal. Cândido Rondon, orientado pela professora Leocádia Galzer Frantz, foi o grande vencedor da categoria 2, de turmas do 1º a 3º ano. A ideia da pesquisa surgiu a partir da curiosidade dos alunos, quando a mãe do aluno Benjamin foi até a escola conversar com a professora, contando que ele não tinha músculo na barriga.

Quando a professora retornou para a sala de aula, contou para a turma que o colega não estava vindo para a aula porque estava no hospital, e que ele não tinha um músculo na barriga. Assim, a turma toda ficou curiosa e começou a levantar hipóteses.

Foi a partir deste episódio que surgiu a ideia de saber mais sobre o músculo abdominal. Como resultado, a turma aprendeu que na verdade o Benjamin tem o músculo na barriga, mas há um afastamento dos músculos abdominais, como se fosse “esticado”, por isso se chama diástase, isto é, não tem essa proteção toda que o músculo normal proporciona no abdômen e que o Benjamin já nasceu com essa deformação.

Situações como essa podem ser resolvidas com exercícios específicos de fortalecimento da musculatura abdominal ou cirurgia realizada pelo cirurgião plástico.

“Lagartixas – somos importantes?”

Na categoria 3, que contempla projetos de turmas do 4º a 6º ano, o troféu ficou com o projeto “Lagartixas – somos importantes?”, dos alunos da turma 151, também da EMEF Mal. Cândido Rondon. Ele foi orientado pela professora Juliana Carine Ruppenthal Wichinheski.

O trabalho investigou, através da metodologia de pesquisa bibliográfica, se as lagartixas de parede (ou domésticas) são importantes e qual o seu impacto nos ecossistemas. O tema surgiu no início do ano letivo, quando uma lagartixa apareceu na sala de aula, passando a conviver com os alunos. Diante disso, surgiu a curiosidade da turma de entender seus costumes, sua importância para o meio ambiente e para o ecossistema.

O objetivo do projeto é explicar a importância das lagartixas domésticas e levantar dados sobre elas, respondendo as curiosidades dos alunos e transformando-as em aprendizado significativo e experiências para o resto de suas vidas.

“Drogas, uma grande ilusão”

Entre os projetos de 7º a 9º ano, da categoria 4, o prêmio ficou com o trabalho “Drogas, uma grande ilusão”, da turma 193 da EMEF Balduíno Robinson e orientado pela professora Daiana Petry.

A pesquisa incluiu uma visita ao Desafio Jovem de Três Coroas, e a partir dela, os pesquisadores concluíram que as drogas exercem impactos significativos na sociedade jovem, com consequências graves e preocupantes.

O uso frequente dessas substâncias por jovens tem aumentado de maneira assustadora nos últimos anos, causando uma série de problemas. Além disso, o consumo de drogas está associado a altas taxas de abandono escolar, desemprego e pobreza.

Os alunos também concluíram que para combater essas consequências, é fundamental implementar programas de prevenção, educação e tratamento eficazes, bem como promover ambientes saudáveis e apoio emocional para os jovens.

Desenvolver e aprimorar habilidades

O coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação e Desporto, Gabriel Riboldi, acredita que eventos como a II FEICITC são oportunidades para os alunos desenvolverem e aprimorarem habilidades que serão fundamentais ao longo de toda a vida, como a comunicação oral, o trabalho em equipe e o conhecimento da metodologia científica.

“A nossa feira não acontece apenas durante os dias de evento. Ela acontece antes, nas escolas, permitindo que os estudantes participem de forma ativa dos aprendizados, a partir de suas próprias curiosidades. A FEICITC apenas coroa aquilo que é desenvolvido nas escolas, por alunos, professores e equipes escolares”, frisa Riboldi.

Palavra da professora

“Como professora orientadora do trabalho científico Drogas, uma grande ilusão, me sinto muito feliz e orgulhosa pelo desempenho dos alunos e pela escolha e relevância do tema que será compartilhado não só na escola e no município, mas também na Mostratec Júnior. As alunas Gisele, Lara e Sophia estão ansiosas para participar da Mostratec, que com certeza será uma experiência que agregará um grande aprendizado pessoal, intelectual e significativo”, revela a professora Daiana Petry.