Projetos elaborados em Parobé recebem honraria máxima em prêmio do MPRS

Parte da equipe da secretaria de Educação orgulhosa do prêmio recebido Fotos: Lilian Moraes

Projetos desenvolvidos pela Secretaria de Educação de Parobé receberam recentemente uma menção honrosa, através de um prêmio promovido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Escola de Todos para Todos – Busca Ativa de Parobé e MIHCA (Mapeamento e Intervenção das Habilidades Cognitivas e Acadêmicas) se destacaram entre 95 práticas de cidades gaúchas inscritas e conquistaram a honraria máxima, a partir de análise realizada com o apoio do Programa de Pós-Graduação, do Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria.

Além do reconhecimento recebido pelo MPRS, Diego Picucha, prefeito de Parobé, também felicita a equipe pelos resultados colhidos através dos projetos. “Só tenho a parabenizar a equipe da Secretaria de Educação pelo seu engajamento, empenho e preocupação constantes em realizar uma educação pública de qualidade, realmente preocupada com o aprendizado de nossas crianças e jovens”, comentou Picucha.

O evento de entrega da distinção aconteceu no dia 21 de outubro, quando a secretária de Educação, Joana D’arc Wittmann, recebeu os troféus com servidores do Departamento de Gestão da Educação Básica, gestores e professores que estiveram no Seminário sobre Busca Ativa Escolar e Recomposição da Aprendizagem.

Olhar cuidadoso para a infância

Sob a visão delas

Raquel Mello, servidora da secretaria. “Esse reconhecimento só nos mostra que estamos no caminho para atingir as nossas metas e objetivos. Não significa que concluímos nosso trabalho, muito pelo contrário, mostra o quanto ainda precisamos investir nisso para chegarmos a excelência”.

Ana Lucia Schmidt, servidora da secretaria. “É muito importante. Estamos desenvolvendo algo sonhado. Teve um trabalho intenso por trás disso, de levantamento das dificuldades com os gestores (…) É o primeiro prêmio do projeto, que é novo, mas que já tem esse reconhecimento”.

Projeto Escola para Todos

Na medida que realizam um trabalho voltado para um ambiente escolar mais acolhedor para todos, os projetos acabam se complementando. Nadja Pereira, assistente social da secretaria, fala sobre o assunto. “A escola precisa fazer valer o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente, que alerta que a comunidade tem que se envolver com a criança. Criando, assim, condições para que esse professor também se sinta bem e apto para se aproximar de fato, com essa criança”, citou.

Contextualização

O projeto Escola Para Todos – Busca Ativa de Parobé tem como intuito, segundo a secretaria, mobilizar a rede de proteção da infância e da juventude municipal para intervir nas situações de falta de frequência e evasão escolar, com perspectiva de prevenção, resgate e acolhimento personalizado, buscando a permanência na escola.
Para que esse trabalho atinja a sua plena execução, ele é feito de forma intersetorial, envolvendo todos os profissionais envolvidos no processo. “Entendemos que a busca ativa não faz parte apenas da educação, mas de todos os que estão implicados naquele sujeito [o aluno]. O assistente social, a educação, a saúde, todos que de alguma forma fazem parte e podem contribuir com que a gente consiga os resultados esperados”, relatou Raquel Mello, uma das profissionais que contribuiu para a concepção do Escola Para Todos.
Em 2021, a evasão escolar em Parobé registrou um índice de 0,6%. Neste ano, o número é de aproximadamente 1,5%.

Profissional explica do que se trata o projeto MIHCA

O Programa de Mapeamento e Intervenção de Habilidades Cognitivas e Acadêmicas – MIHCA atende alunos do 2º ao 5º ano e é descrito como uma estratégia de recomposição de aprendizagem que se tornou um desenho de política pública da dificuldade de aprendizagem para Parobé. O objetivo do MIHCA, conforme o município, é melhorar os Indicadores de Desempenho da Educação Básica (Ideb), qualificar a formação docente e o processo de aprendizagem diante dos desafios após a COVID-19 – de longo período de escolas fechadas – além de otimizar os custos de estrutura da educação. “Sempre que falarmos do MIHCA, vamos falar de um mapeamento, que recorre a testes psicométricos para verificar quais são as dificuldades das crianças e assim fazer uma intervenção”, explicou Paula Molling, uma das profissionais envolvidas na elaboração do projeto. “No final o mesmo teste é feito para verificar a evolução. Assim temos os indicadores de que ele realmente é efetivo, porque aplicamos os testes com todos eles e fizemos a correção. Por ali, a gente consegue perceber de forma qualitativa e quantitativa quais são as dificuldades. Desta forma o professor sabe exatamente o que ele tem que fazer e depois avalia se a intervenção realmente foi efetiva”, finalizou Paula.