Como forma de aprimorar a alfabetização dos estudantes que integram os 2º anos das escolas de Igrejinha, a secretaria municipal de Educação (SME) realizou, recentemente, o lançamento do projeto ALFAbetização.
O evento de apresentação aconteceu no dia 23 de junho, quando a secretária Cristiane Martin explicou a iniciativa para as escolas que irão desenvolver as atividades, juntamente com a fonoaudióloga Vanessa Henrich, do Centro de Atendimento Escolar (CAE), a equipe da secretaria e os profissionais que irão trabalhar no decorrer do período de duração previsto para o projeto.
Conforme a SME, a proposta surgiu com a preocupação do prejuízo causado pelas aulas não presenciais em 2020, ainda mais na fase da alfabetização, período em que o aluno necessita ainda mais da intervenção do professor.
“A alfabetização da criança é um ato extremamente complexo e requer organização, maturação cerebral e, paralelamente, o desenvolvimento psicomotor, linguístico, emocional e social”, destaca a responsável pela pasta.
Cristiane ainda enfatiza a importância da formação integral de uma criança. “Possibilita a construção de um futuro cidadão consciente que consegue tornar-se um agente transformador e protagonista da sua própria história. Assim, acredito que o Projeto ALFAbetização irá contribuir para que a formação integral da criança aconteça”, finaliza.
Administração explica como o projeto irá funcionar nas escolas municipais
De acordo com o detalhado pela secretaria, o projeto ALFAbetização irá atender os alunos no turno inverso na própria escola e/ou no Centro de Educação Ambiental Augusto Kampff (CEAAK). O enfoque da iniciativa será a alfabetização, através da educação integral com atividades lúdicas e enfoque ambiental. Segundo Carla Klein, coordenadora pedagógica, o projeto será de aprimoramento e desenvolvimento lógico – matemático e educação ambiental – tendo por objetivo, amenizar possíveis lacunas dos estudantes.
A SME também ressalta que nos dias de projeto, os alunos participantes receberão almoço na própria escola.
Foco nos 2º anos
A aplicação do projeto para esse período escolar se justifica justamente pelo fato de que os estudantes que passaram pelo primeiro ano em 2020 não puderam contar com as aulas presenciais. A SME cita que não pensa em expandir a ideia pois “devido os protocolos de distanciamento, não há estrutura física suficiente para implantar nos demais anos”, contextualiza o órgão.
Análise de quem entende
Segundo informado pela SME, o projeto ALFAbetização irá atender 17 turmas de escolas de ensino fundamental, totalizando 360 alunos. Seu início está marcado para acontecer no dia 5 de julho, se estendendo até 17 de dezembro.
Para entender a realidade das instituições de ensino, no que diz respeito ao objetivo do projeto, a reportagem ouviu a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bairro Moinho e o diretor da Hilário Nestor Backes, Cristiane Mattes e Jonas Beck, respectivamente.
Confira os relatos abaixo:
Especialistas com a palavra
Cristiane Martin, secretária de Educação. “A alfabetização da criança é um ato extremamente complexo e requer organização, maturação cerebral e, paralelamente, o desenvolvimento psicomotor, linguístico, emocional e social”.
Diretora Cristiane Mattes. “Estamos bem confiantes, apostando bastante nesse trabalho, até a professora que vai trabalhar com eles veio aqui na escola e nos passou que vai trabalhar a questão do corpo, a psicomotricidade que é importantíssima (…)”.
Diretor Jonas Beck. “Como é o início dessa caminhada escolar, desse processo de alfabetização, de eles conhecerem novas realidades, notamos que isso ficou bem defasado. Então, o projeto veio ao encontro dessas lacunas que ficaram”.