Aos 26 anos de idade e após estar graduada em Letras pela Universidade Feevale há um ano, a parobeense Jessica Bueno dá início hoje, a mais um passo importante na sua vida de estudante. O mestrado. A qualificação em estudos culturais brasileiros, focado principalmente em literatura e cinema começa nesta sexta, na Universidade do Novo México nos Estados Unidos, tendo uma duração de dois anos.
O Repercussão Paranhana entrou em contato com Jessica, que contou detalhes sobre como funcionou o processo de escolha e o que a motivou a ir atrás de mais esse sonho. Segundo Jessica, demoraram quatro meses para ela saber que foi escolhida, além de passar por um rigoroso processo de escolha. “As etapas foram avaliação curricular; avaliação de uma carta de intenções (que o candidato precisa enviar); prova de proficiência em língua inglesa; cartas de recomendação de ex-professores, entrevistas e pagamento de taxas de inscrição”, detalhou.
De acordo com a estudante, o fator que mais influenciou na sua vida de estudante foi o hábito da leitura. “O fator que mais influenciou a minha vida como estudante foi o hábito da leitura, incentivado desde a infância, quando trazia os livros da escola para que o meu pai lesse para mim. Foi através da leitura, dos mais diversos gêneros, que descobri a minha vocação e que aprendi as maiores lições de cidadania e humanidade”, finalizou.
Consciência do que se quer para então pesquisar e
encontrar a oportunidade
Jessica também deixa um conselho para quem sonha em estudar fora. “Eu diria que a dedicação a qualquer que seja o seu campo de estudo, deve vir antes da intenção de estudar fora. Mas além de dominar a língua do país para onde pretende ir, é fundamental que o estudante tenha em mente o tipo de curso que deseja cursar”, ressalta.
Falando sobre a educação no Brasil
- Questionada sobre o que pensa sobre a educação no Brasil, Jessica expôs a sua opinião sobre o assunto. “Infelizmente a educação como um direito amplo no Brasil ainda não é uma realidade. Um país com uma maioria de analfabetos é um fato do qual nos livramos em um passado recente. Mas apesar de ensinar a ler, a escola brasileira ainda não ensina seus estudantes a gostarem de ler. Precisamos que a escola tenha profissionais mais capacitados e valorizados, capazes de despertar o senso crítico de nossas crianças e jovens, para que ampliem a sua consciência social e atinjam a sua autonomia”, comenta.