A escola em tempo integral é uma tendência que deve ser cada vez mais implementada nas redes municipais. Da mesma forma, o contraturno é um modelo costumeiramente reproduzido pelos municípios para oferecer atividades extracurriculares (oficinas artísticas e culturais, reforço escolar, práticas esportivas e entre outras) para além dos espaços escolares.
Na região de abrangência do Grupo Repercussão, os dois modelos são colocados em prática. Em Igrejinha, Sapiranga, Campo Bom, Parobé, Taquara, Rolante, Nova Hartz, Riozinho e Três Coroas é ofertada a possibilidade de contraturno para alunos.
Já o tempo integral é uma realidade em educandários de quatro cidades: Riozinho, Taquara, Nova Hartz, Campo Bom e Rolante. Em Parobé, a primeira escola a funcionar desta maneira deve ser inaugurada ainda este ano no Residencial Azaleia.
Em cada município, ambos os formatos são aplicados atendendo às necessidades específicas dos estudantes, sempre com base em avaliações feitas por suas respectivas secretarias de Educação no que diz respeito às regiões de implementação, carências existentes e etc.
Ainda que sejam modelos diferentes, a opinião sobre a oferta de uma ou mais atividades extras para os alunos é semelhante entre as secretarias responsáveis pela área. Todos destacam o envolvimento integral dos estudantes como uma ferramenta importante para o desenvolvimento educacional e interpessoal das crianças e adolescentes, tanto dentro como fora das escolas, contribuindo, consequentemente, para o futuro dos alunos.
Contraturnos e tempo integral: Formatos e realidades de municípios dos vales envolvendo o tema
jiu-Jitsu, voleibol, handebol, futsal, badminton, futebol de campo, atletismo, skate, tênis de mesa, futvolei, ginástica artística, xadrez, basquete, tênis de mesa, beach tênis e atletismo -paradesporto (foto em destaque). Além disso, atividades culturais como dança, banda escolar/ marcial, coro de meninas, violão, sopro, música e teatro, também são aplicadas em determinados educandários.
A responsável pela educação sapiranguense comenta sobre o assunto, ressaltando o legado que essa vivência pode deixar na vida dos estudantes. “Os projetos de contraturno escolar, muitas vezes são um complemento do aprendizado da sala de aula. Os esportes, por exemplo, ajudam na concentração e saúde do aluno. Na parte cultural são estimulados o talento e a desenvoltura dos alunos. Um destaque também é a robótica, que iniciamos em 2022 e é uma oportunidade para iniciação tecnológica. Cada projeto deixa a sua marca na vida escolar do aluno que participa e isso faz a diferença”, destaca Cláudia Kichler.
No contraturno, os estudantes contarão com todo suporte pedagógico ao longo do dia, alimentação, entre outros cuidados, retirando as crianças das ruas e dando mais tranquilidade aos pais que estão trabalhando.
No total, o novo educandário conta com uma área construída total de 854m², contemplando seis salas de aula, biblioteca, sala de informática, área administrativa e de serviços. Ao todo, o município investiu cerca de R$ 2 milhões.
Segundo a Administração, a conclusão do espaço está em fase final e receberá toda a mobília nos próximos dias. O processo de matrículas será divulgado nas redes sociais da prefeitura e a data para inauguração ainda não está definida.
A responsável pela pasta campo-bonense cita que os contraturnos em Campo Bom sempre foram uma ferramenta positiva e importante para a construção de um cidadão crítico e responsável. “É através dos ensinamentos de modalidades esportivas ou culturais no contraturno escolar que podemos interagir e criar vínculos importantes em crianças e jovens, que muitas vezes podem estar em situação vulnerável”, pontua Simone. “A possibilidade de praticar e/ou participar de atividades no contraturno escolar, também é uma importante iniciativa para a evasão escolar, assim como do ócio juvenil, que nos dias atuais não é nada produtivo, tendo em vista a crescente evolução das tecnologias e das mídias sociais”, complementa a secretária.
No município comandado por Pedro Rippel, foram contempladas 38 vagas destinadas à creche escolar, como parte da ampliação de vagas na educação infantil. Como resultado desse esforço, a escola Farroupilha (foto em destaque, antes de o prédio passar por reforma) será reinaugurada em março. “Essa ferramenta não só complementa o aprendizado dentro das salas de aula, mas também promove interações interpessoais positivas, fortalecendo vínculos com colegas e professores, essenciais para o crescimento saudável e integral dos jovens em nossa comunidade”, salienta Simone Tadiotto, secretária de Educação e Esportes de Rolante.
Em Nova Hartz está sendo implantado a Educação em tempo integral para as crianças de Jardim A e B, na Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Dois de Dezembro e, a partir do mês de março, na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Maria Almerinda Paz de Oliveira, para alunos na fase de alfabetização (1º e 2º anos), ambas localizadas no Bairro Campo Vicente.
A secretária de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Veronice Zandoná, cita a importância dos dois formatos para os alunos. “Os dois modelos são importantes para o desenvolvimento dos estudantes, porém a Educação Integral em Tempo Integral se destaca por oferecer uma experiência mais completa e integrada aos alunos, preparando-os para os desafios do futuro”, pontua.
Autoridades municipais opinam sobre o assunto em questão
“Em Três Coroas a EMEF Balduíno Robinson, possui contraturno. Em torno de 100 alunos do Morro do Raul participam do projeto Nosso Morro, Nosso Lugar. Com isso, além de possibilitar uma maior interação entre os alunos, dentro e fora da escola, as crianças praticam atividades que auxiliam a adquirir novas habilidades e promove a socialização”. Agnes Muck, sec. de Educação de Três Coroas
“A educação em tempo integral vai além do contraturno, uma vez que propõe que essas atividades sigam de forma integrada e mais estruturada ao longo do dia letivo. Ela visa proporcionar uma formação mais ampla e aprofundada, aborda não apenas o aspecto acadêmico, mas também busca garantir o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões: intelectual, física, afetiva, social e cultural dos estudantes”. Veronice Zandoná,
sec. de Educação de Nova Hartz
“O período de atividades complementares é vital e fundamental para a formação da criança, não somente do aluno, na qualificação do conhecimento, mas também na formação do cidadão e o acompanhamento e a integralidade através do Centro Municipal de Atividades Educacionais Aprender (Cemae) é essencial justamente por isso: além de melhorar as condições da escolaridade, o contraturno acaba refletindo em inúmeras outras questões na formação adequada das crianças”. Leandro Hörlle, prefeito de Igrejinha.
“As atividades nas quais os estudantes se envolvem fora dos horários escolares são essenciais para o desenvolvimento de habilidades, tanto para socializarem com outros alunos, quanto para o aprimoramento do que é visto em sala de aula. As iniciativas do contraturno permitem que o aluno se sinta inserido na comunidade escolar, proporcionando um maior acolhimento para o aluno e suas famílias”. Gilnei dos Santos, sec. de Educação de Riozinho
“Observamos que através da educação em tempo integral (oferecida pela Escola Cívico Militar), os alunos se tornam mais solidários, eles têm um cuidado diferente um com o outro e além das outras linguagens, as relações pessoais e interpessoais são desenvolvidas”. Carla Amaral, sec. de Educação de Taquara.