Estudantes de Rolante colocam a mão na massa e aprendem a fazer cuca através de oficinas

A Kuchenhaus, em Rolante, voltou a ser palco da produção de cucas. E engana-se quem pensa que foi por causa de algum evento sendo realizado.

Desta vez, alunos de escolas de Rolante tiveram a oportunidade de colocar a mão na massa e aprender essa arte que atravessa gerações na cidade, reconhecida no Rio Grande do Sul, por ser a Capital Nacional da Cuca.
A iniciativa surgiu através da liberação de um recurso no edital FAC Patrimônio do Fundo de Apoio à Cultura do Rio Grande do Sul, para a Associação dos Amigos do Museu Histórico de Rolante.

Com isso, foram realizadas oficinas por meio de uma parceria entre Departamento Municipal de Cultura, Secretaria de Educação e Esportes e da Associação de Cuqueiros e Cuqueiras de Rolante (Ascur), com o propósito de preservar essa tradição.

Além das oficinas das cucas, o projeto também abrange um momento de confecção de fornos de barro, para que pedreiros aprendam a técnica construtiva deste dispositivo ideal no processo de produção da iguaria.
A ideia é de que a partir deste movimento, a cuca se torne patrimônio cultural imaterial do município.

Oficinas até 2023

No total, serão 20 oficinas realizadas. Neste ano, já foram 13. As demais acontecerão em 2023, quando o projeto será concluído. Conforme a prefeitura, as oficinas têm como público-alvo alunos do 4º ano do Ensino Fundamental de todas as redes de ensino, que neste período escolar estudam a história de Rolante.

Diretora de cultura e alunas participantes falam sobre a iniciativa

Joyce Reis, diretora de cultura de Rolante.
No ano que vem vamos continuar o projeto, porque a ideia é de que todos os alunos do 4º do ensino fundamental, passem pela oficina e aprendam um pouquinho dessa nossa tradição. O objetivo, além de incentivar as crianças e desenvolver o orgulho por pertencerem a Rolante, é também salvaguardar essa tradição”.

Manuela Stefanski, aluna da Frei Miguelinho, 10 anos.
Eu sempre gostei de aprender coisas de culinária e mexer com comidas de todos os tipos, por isso, gostei muito de vim aqui na oficina das cucas com os colegas da minha escola. Antes disso, eu nunca tinha feito nenhuma cuca, sempre só provei as que minha vó fazia mesmo”.

Emanuelly dos Santos da Silva, aluna da Frei Miguelinho, 10 anos.
Eu gostei muito. A cuca que eu mais gosto é chocolate. A minha vó gosta de fazer de linguiça, ela faz e vende também. Ela faz tudo de padaria. Ela também tem uma mini padaria e de noite ela faz pastel, pizza e outras coisas. De noite, quando eu fico lá na minha vó, eu gosto de comer pastel também”.

Secretária comenta o assunto

Levando adiante

 A cuqueira Lígia Laux, que ministra as oficinas junto com seus colegas Débora do Carmo e Carlos Roberto do Carmo, fala sobre a experiência de poder ensinar os pequenos. “É muito gratificante ver a empolgação com que as crianças chegam aqui para aprender a fazer cuca, mesmo que algumas já tenham tido contato com a receita e a massa em casa, com mãe ou avó. Também é bom para que essa tradição não se perca”, destacou.