Parobé – As técnicas para qualificar a dicção, a oratória e apresentar diferentes gêneros textuais utilizados pela professora, Clair Wilhelms, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Noemy Fay dos Santos, comprovam. Bem utilizado e com planejamento, veículos de comunicação, em especial, os jornais, também podem ser utilizados como ferramenta pedagógica no aprendizado dos estudantes.
Ao levar para dentro da sala de aula convicções que trás consigo desde as suas teses na faculdade, a professora tem procurado estratégias para aprimorar a leitura, o senso crítico e o vocabulário dos estudantes. Tudo, através da simples, mas fundamental leitura de periódicos, inclusive, o Jornal Repercussão. “Costumo explicar aos estudantes que não adianta ler o jornal de cabo a rabo. É necessário compreender o que estão lendo, e é isso que também exercito nos estudantes, o senso crítico, a oralidade e a interpretação”, contextualiza a professora.
Interrelacionando temas encontrados na mídia, o Repercussão foi usado pela professora para ancorar um estudo envolvendo a poluição. “Nesta segunda-feira (12), os estudantes perceberam que existe conexão entre os assuntos ambientais estudados em sala de aula com os abordados nos jornais”, analisou a professora, se referindo a uma matéria da repórter, Lilian Moraes, do Repercussão Paranhana, e que apresentou a iniciativa de um empresário de Parobé, na instalação de lixeiras em pontos do município. “É uma maneira de incentivar os adolescentes a ficarem por dentro das notícias”, avalia a professora Clair.
Para formar público leitor
Quando a professora começou a lecionar um detalhe chamou a sua atenção: o baixo percentual de leitura dos estudantes. “Meu objetivo ao utilizar o jornal na sala de aula é que o aluno leia, pois o estudante lê pouco. Percebi que a simples entrega de livros, com intervalos de tempo, não funcionava. A maioria não exercia o hábito da leitura. Eu procuro exigir a leitura e depois faço um exercício de interpretação com o estudante da reportagem ou o texto do jornal que foi escolhido. Com isso, acostumei os meus estudantes ao hábito da leitura, pois ficavam na expectativa do que eu iria perguntar na próxima aula. O Repercussão se diferencia, pois é o que mais traz assuntos locais”, analisa a professora. “O jornal dentro da sala de aula é como um livro didático que me apoia”, comenta a professora.
Projeto Repercussão na Escola chega ao Paranhana e comprova sua eficácia
O projeto Repercussão na Escola foi criado pelo Grupo Repercussão em 2014. Inicialmente, foi contratado pela Prefeitura de Sapiranga, posteriormente se expandido aos demais municípios da área de abrangência. Neste ano, com o início das atividades do Jornal Repercussão no Paranhana, a Secretaria de Educação de Parobé contratou o projeto, para que cerca de 670 alunos recebam semanalmente o jornal impresso em sala de aula e possam levar gratuitamente para suas casas, com notícias locais. Desta forma, os estudantes ficam por dentro do que está acontecendo na cidade e região.
Reflexões sobre o tema
Cristopher Bueno, 11 anos, 6º ano
“No trabalho de recorte de notícias, na maioria das vezes nas páginas de esportes dos jornais, o futebol é o que mais aparece. Se vê poucas notícias de basquete, vôlei e handebol. Acredito que por o futebol ser o esporte mais conhecido no Brasil e no mundo.”
Thiago oliveira de Modesto, 11 anos, 6º ano
“Ao pegar o jornal encontramos muitas notícias sobre futebol, mas existem outros esportes. Mas, realmente, o esporte é mais conhecido. Procuramos notícias em diferentes jornais, e também no Repercussão. É interessante a aula, pois aprendemos coisas novas.”
Clair Wilhelms, professora de Português
“Nos processos de aperfeiçoamento da leitura, treino com eles acentuação, pontuação, dicção correta das palavras, substantivos, verbos e os adjetivos. Usar o jornal em sala de aula é prazeiroso, pois apresenta temas atuais e que foge da rotina dos estudantes.”
Fotos: Deivis Luz