Escolas estaduais da região apresentam boa situação no quadro de professores

Foto: Reprodução/Redes sociais

Por Weslei Fillmann

A rede estadual de educação nos vales do Sinos e Paranhana está em uma situação considerada incomum nos últimos anos: o quadro de professores está completo na maioria das instituições e, para aquelas em que há falta de profissionais, são situações esporádicas.

 

No Vale do Sinos, 15 escolas foram consultadas, nos municípios de Campo Bom, Sapiranga, Araricá e Nova Hartz. Das 15, apenas uma precisava de um professor de anos iniciais. As outras 14 estão com o quadro de professores completo. Essa situação também foi comentada por alguns diretores e coordenadores, que alegam ser uma condição rara no ensino estadual.

No Vale do Paranhana, 16 escolas foram consultadas. Dessas, apenas duas precisavam de um professor de matemática, com carga reduzida para o turno da manhã e para uma turma do 6° ano.

A Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato, conhecida como CIMOL, em Taquara, é a única que conta com uma defasagem no número de professores, precisando de nove profissionais para as mais diversas disciplinas. Atualmente, a instituição conta com 95 professores para 1.615 alunos.

Em algumas escolas, há o relato de que alguns professores estão afastados por motivos de saúde. Dengue e covid são os dois principais causadores dos atestados.

Saindo do aspecto dos professores, algo mencionado pela maioria das escolas do Sinos e Paranhana é a falta de servidores gerais, como faxineiro, cozinheiro, secretário e bibliotecário.

No Vale do Sinos, ao menos 10 escolas afirmam que estão precisando de funcionários para atendimento básico dos alunos. Já no Paranhana, são nove escolas que estão solicitando, junto à Secretaria de Educação, o preenchimento de vagas gerais.

Deputado Issur Koch comenta

O deputado estadual expressou o seu posicionamento quanto aos problemas presenciados pelas escolas.

“Devido ao imenso número de escolas com dificuldades em obter professores de Matemática e Português, além de funcionários da área da limpeza e de merendas, fizemos o contato com a secretária de Educação do Estado, Raquel Teixeira, na última terça-feira (15). Relatei para ela, presencialmente, durante a Comissão de Educação, as dificuldades da falta de professores em diversas escolas dos vales do Caí, Sinos e Paranhana, enviando também as informações que tínhamos em mãos. Além disso, conversamos com a segunda coordenadoria de São Leopoldo, responsável pela maioria das escolas da região, a qual está fazendo um levantamento sobre o processo de contratação de professores. Algumas escolas já contam com os novos professores realizando exames de saúde profissional, para iniciar o trabalho. […] Em um período de pós pandemia, o que os pais mais precisam, é a normalidade no ensino dos seus filhos. Por isso, estamos atuando com todas as forças para que essas questões sejam resolvidas de forma urgente”.

Remanejo de professores

Uma situação que está sendo percebida por parte dos diretores das escolas estaduais da região é um “excesso” de professores de Língua Portuguesa e de Matemática. Isso acontece, de acordo esses diretores, do movimento do governo gaúcho em disponibilizar mais profissionais das áreas para reforçar o ensino básico, o qual foi afetado durante a pandemia.

No Paranhana, a Escola de Ensino Médio Adelina da Cunha, de Parobé, e a Willibaldo Bernardo Samrsla Ciep, de Taquara, precisam de professor de matemática para uma carga horária de 20h e 9h, respectivamente. Essas instituições já contataram a Secretaria de Educação (Seduc) para o remanejo de professores.

A Seduc, até o fechamento dessa reportagem, não respondeu aos e-mails enviados pela redação.