Taquara – As aulas iniciaram e com elas a preocupação de pais, mães e professores com a segurança dos alunos, de imediato, em razão da pandemia do novo coronavírus, mas em Taquara, além desta inquietação, outra surgiu logo nos primeiros dias do retorno letivo. A inexistência de zeladoria nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) deixou a nova gestão alarmada. A resposta a esse conflito já pode ser constatada em algumas escolas, e logo, todas as Emeis estarão recebendo, pela primeira vez na sua história, um servidor para atentar à segurança quanto à entrada e saída, auxiliando na abertura e fechamento dos portões e na vigilância da instituição.
A prefeita Sirlei Silveira comemora esta nova conquista promovida pela sua gestão. “Iniciamos as atividades presenciais com a utilização de todos os protocolos de segurança, pois estamos em um processo muito cuidadoso para o recebimento dos nossos alunos. E além dos cuidados acerca da Covid todas as escolas de Taquara terão segurança na porta para proteger as crianças, restringindo o acesso de quem entra nos educandários e cuidando da segurança dos estudantes. Isto foi possível graças ao chamamento de novos zeladores e também pela reorganização dos servidores que trabalham como vigilantes para o Município”, afirma a prefeita.
O processo seletivo para contratação de novos zeladores não havia sido feita para este fim necessariamente, mas após uma visita da prefeita e da secretária de Educação, Cultura e Esportes, Carla Silveira, nesta semana de início das aulas, e constatando a falta desta prestação de serviços foram imediatamente buscar uma solução.
“Assim que percebemos a falta de alguém para executar tarefas de vigilância nas escolas de Educação Infantil contatamos o chefe da zeladoria do Município, seu Ivair, para nos ajudar. Hoje estamos com fiscalização 12 horas diárias nas escolas, o zelador fica próximo à entrada, abrindo e fechando portão, recepcionando as famílias, principalmente nos horários de entrada e saída”, menciona a secretária Carla.
A iniciativa deixou pais, mães, familiares e professores confortados com a notícia. “Eu e minha esposa ficamos muito preocupados com a falta de segurança quando fomos deixar e buscar nossa filha na EMEI Tia Bete. A escola é maravilhosa, as professoras muito dedicadas e pensamos nelas também, pois com o que aconteceu em Santa Catarina dias atrás, qualquer “maluco” pode entrar e ninguém conseguirá impedir. E um zelador já inibe. Ficamos muito felizes quando o seu Ivo assumiu a zeladoria da escola, está sendo muito prestativo e já percebemos que tem um olhar de pai e avô no cuidado com todos”, destaca Mateus Portal, pai da Clara.
Zelador há mais de 10 anos, e hoje trabalhando na EMEI Tia Bete devido à convocação no último processo seletivo, Ivo Martins Pacheco, nunca havia trabalhado em ambiente escolar. “O diferencial é a atenção que precisa ser maior devido à segurança e o cuidado com as crianças. Vemos muitos acontecimentos diários que nos deixam tristes e emocionados. Particularmente me preocupo com cada ser humano. Tenho um netinho de quatro anos e me coloco no lugar das famílias que confiam os seus filhos aos nossos cuidados”, revela.
“Seu Ivo foi uma grande conquista para nossa Escola, principalmente neste momento pandêmico, onde requer mudanças significativas nos hábitos cotidianos. Veio para agregar ainda mais nosso trabalho, proporcionando um ambiente seguro para todos, estamos muito felizes. Em nome da Emei Tia Bete, quero agradecer a prefeita por esse olhar sensível e acolhedor com nossas escolas”, salienta a diretora da EMEI Tia Bete, Priscila Cezario.
Segundo relata o chefe dos zeladores, Ivair Télcio Ramos, a zeladoria vai além de otimizar a segurança da escola. “Não é somente a questão da segurança, da portaria, mas de ter uma pessoa ali para ajudar, para assessorar, é uma questão de humanidade, de gerar gentileza, de acolher a família, o aluno e professor”, reitera.
Prefeitura estuda como resolver a situação nas Emeis compartilhadas e nas Emeis da zona rural
De acordo com o chefe dos zeladores, Ivair Télcio Ramos, as escolas de Educação Infantil que possuem o regime compartilhado de gestão que são as escolas Leonel de Moura Brizola, no bairro Empresa; Vovó Arlete, no bairro Mundo Novo e Tia Paty, no bairro Santa Rosa, ainda não possuem o serviço de zeladoria. As escolas são administradas pela Associação de Desenvolvimento de Projetos Educacionais, Culturais e Sociais (ADEPCS), uma Organização da Sociedade Civil (OSC), selecionada através de chamamento público.
“Em razão do convênio existente para a administração destas escolas, ainda não conseguimos resolver como se dará a zeladoria. Estou tentando contato com o responsável da associação para termos uma definição o quanto antes”, observa Ivair.
Ele explica que, a partir da segunda-feira (17), todas as escolas de Educação Infantil da zona urbana, com exceção das compartilhadas, terão zeladores auxiliando na segurança das instituições.
“Na zona rural, temos a EMEI Henrique Fetter, a EMEI Vovó Mathilde e a EMEI Vovó Mina. Estamos trabalhando na questão da colocação de zeladores também nestas escolas, mas por serem distantes, estamos prevendo a contratação de pessoas de cada localidade”, destaca o chefe da Zeladoria.