Por Prefeitura de Taquara
“A Ecim é o nosso orgulho e segue funcionando normalmente em Taquara”, revelou a prefeita Sirlei Silveira após diversos questionamentos da comunidade sobre o que aconteceria com a única Escola Cívico-Militar do Vale do Paranhana devido a alteração da governança federal ocorrida no país. “As informações que recebemos é de que o formato será mantido. Tanto que nas próximas semanas mais dois militares irão assumir como monitores na escola. Em todo caso, mesmo com uma decisão do Ministério da Educação de descontinuar o modelo, vamos mantê-lo com recursos municipais. Para isso, buscaremos formas legais para contratação dos militares que hoje prestam o serviço, garantindo o projeto que oferece aulas em tempo integral”, divulgou a prefeita.
A secretária de Educação, Cultura e Esporte, Carla Silveira, destaca o quanto o projeto está sendo importante. “Percebemos que os alunos de fato estão tendo um diferencial na educação por estarem em turno integral, tanto na conduta dos estudantes, quanto no desenvolvimento de valores e atitudes e também na aprendizagem. Tivemos, dos 23 inscritos na prova do Cimol do 9º ano da Ecim, 17 alunos aprovados. Isso mostra o resultado que a escola cívico militar está proporcionando dentro da educação municipal”, menciona Carla.
A Escola Cívico-Militar
Inaugurada em 29 de junho de 2022, a Escola Cívico-Militar (Ecim) de Taquara, além de ser a única neste formato de ensino na cidade e no Vale do Paranhana, também é a única Ecim no Rio Grande do Sul a ter aulas em turno integral. Atualmente 214 alunos são atendidos, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, das 7h45 às 16h15, onde pela manhã participam de atividades da grade curricular de disciplinas e à tarde das 11 oficinas ofertadas pela instituição, que são: atletismo, civismo, empreendedorismo, esportes, iniciação científica, inglês cultural, leitura e oratória, projeto de vida, raciocínio lógico, sustentabilidade e valores.
A parte pedagógica é desenvolvida pelo Município, cabendo aos militares o apoio na gestão do educandário. “Somos uma equipe composta por 29 professores, 10 funcionários, a equipe diretiva e os militares. Trabalhamos o resgate de valores que são o civismo, a dedicação, a excelência, a honestidade e o respeito sempre com muito amor e zelo. Este é o nosso diferencial. Nos vinculamos aos alunos e aos seus problemas, pois passam a maior parte do tempo aqui, vencemos todo dia uma etapa e é gratificante”, menciona a diretora Andreza Eltz Cunha.
Thaila, Manoel e Thiago querem seguir a carreira militar
A Ecim é uma escola, diferente para alguns, mas que já tomou o coração de quem teve a “coragem” e acreditou que daria certo como aconteceu com os alunos do 8º ano, Thaila Valandro, Manoel Mattos e Tiago Andrade, ambos com 13 anos. “Espero sair daqui formado e conseguir uma oportunidade na aeronáutica”, revela Manoel, que como os colegas Thaila e Tiago também têm como preferência as oficinas de empreendedorismo, atletismo e raciocínio lógico.
“É uma escola diferente de todas, mas para mim é a minha segunda casa, ficamos oito horas aqui e temos atividades em aula e oficinas. Pretendo ser policial, e como quero sair daqui formada, já estou perguntando aos militares como se formaram e como foram os seus estudos. É uma coisa nova, mas não podemos ficar com um pé atrás, temos que arriscar. É uma escola que está super valendo a pena”, relata Thaila.
Tiago também pretende se formar e seguir carreira militar. “Toda escola, no começo, quando mudamos a rotina é ruim, mas depois a gente se acostuma. Tem amigos que me perguntam se estou na Ecim e se é ruim ficar o dia inteiro, digo que não até se acostumar, tenho esporte três dias na semana, interséries. Também podemos pensar no futuro, aqui abre portas, eu quero ser do exército, sempre pergunto aos militares como é, pois pretendo me formar e seguir esta carreira”, salienta Tiago.
A diretora Andressa destaca que na Ecim os alunos têm acesso a muitas disciplinas que somente seriam vistas no Ensino Médio. “O processo de melhoramento é contínuo na escola. Eles estão tendo a oportunidade de ter disciplinas que só teriam no Ensino Médio como empreendedorismo, por exemplo, e vão chegar muito mais maduros sabendo lidar com as temáticas e com conhecimento mais amplo. Há todo momento nos perguntamos o que precisamos fazer para melhorar ainda mais, para deixá-los mais à vontade, mais pertencentes a este espaço”, pontua.