Taquara – Iniciada em fevereiro de 2022 como um projeto pioneiro na região, a Escola Cívico-Militar (Ecim) de Taquara vai continuar atendendo alunos em tempo integral. Após a mudança na Presidência da República, rumores foram levantados a respeito da descontinuidade do programa. A Secretaria de Educação, no entanto, garante que o município empregará recursos próprios se for preciso.
A contrapartida do governo federal dentro do programa em vigor é o pagamento dos militares que prestam suporte à escola. “Entendemos que, por enquanto, o governo federal não está sinalizando a descontinuidade. Mas, se isso ocorrer, vamos abrir um edital de seleção para tornar a escola auto fomentada, com o município custeando 100%”, explica a secretária de Educação, Carla Silveira.
O otimismo foi reforçado nos últimos dias com a confirmação de que dois novos militares passarão a compor a equipe da escola, chegando a um total de cinco. Além deles, a instituição conta com 42 funcionários, entre professores e outros efetivos.
Papel dos militares
Um dos militares que participam do projeto, Carlos Augusto Velasquez, explica que o papel desempenhado dentro da escola é de apoio à direção e aos professores. “Uma das coisas que fazemos, por exemplo, é acompanhar os alunos em atividades externas. Também estamos presentes durante o recreio e atividades no pátio e fazemos a ordem unida no momento de subir para as salas. São práticas de respeito e disciplina”, destaca.
Avaliações sobre a Ecim
Sirlei Silveira, prefeita de Taquara
“A Ecim é o nosso orgulho e segue funcionando normalmente em Taquara. Em todo caso, mesmo com uma decisão do Ministério da Educação de descontinuar o modelo, vamos mantê-lo com recursos municipais”.
Carla Silveira, secretária de Educação
“Entendemos ser relevante manter o projeto porque é a nossa primeira escola de atendimento em tempo integral, e isso faz uma diferença muito grande na vida dos jovens. Também já colhemos ótimos resultados”.
Capitão Bialva, oficial de gestão escolar
Nossa função é paralela a dos professores. Nós fazemos principalmente a parte da organização disciplinar dentro das turmas e acompanhamento das atividades externas, tudo dentro de um planejamento com a diretora”.
Projeto já tem frutos
Uma das conquistas comemoradas pela diretora da escola, Andreza Eltz, é a aprovação de 17 alunos do 9º ano na prova do Cimol. Foram 23 inscritos da Ecim. “Eles tiveram um avanço muito grande por estarem no turno integral. Nosso resultado na prova do Cimol foi uma coisa muito grande para uma escola nova. Também estão prezando mais por valores que entendemos ser importantes para a sociedade. Já começamos a colher frutos”, avalia a diretora.
A Ecim de Taquara, além de ser a única neste formato de ensino na cidade e no Vale do Paranhana, também é a única Ecim no Rio Grande do Sul a ter aulas em turno integral. Atualmente, 214 alunos são atendidos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, das 7h45 às 16h15. Na parte da manhã, ocorrem atividades da grade curricular de disciplinas e, à tarde, são realizadas 11 diferentes oficinas.