Alunos de Igrejinha trabalham com o Repercussão dentro da sala de aula

Foto: Lilian Moraes

Nas cidades de abrangência do Grupo Repercussão (GR), o uso do jornal nas salas de aula virou rotina. Seja para apenas ficar por dentro das notícias da região ou para desenvolver trabalhos, o material impresso entrou de vez no dia a dia de milhares de estudantes do ensino fundamental de oito cidades dos vales do Sinos e Paranhana, que participam do projeto Repercussão na Escola. Um exemplo dessa presença pode ser confirmado através do trabalho realizado na escola João Darcy Rheinheimer, em Igrejinha.

A professora Rejane Santos, da disciplina de Língua Portuguesa, atualmente, está utilizando o jornal impresso do GR para uma atividade de comparação de notícias, analisando, também, um meio de comunicação de abrangência estadual. “Eu trouxe este método de comparação para estudar as diferentes características, para que eles (alunos) identifiquem os principais fatos, o que motivou as notícias, perceberem onde tem a opinião”, conta a professora. “Isso porque os 9º anos trabalham muito esse foco argumentativo, justamente para que eles tenham esse discernimento crítico, desenvolvam esse senso a partir daquilo que eles leem. Além de trabalhar (isso) com todas as turmas, trabalhei as fake news, que também está dentro do plano de estudos deles”, complementa.

Na escola, ainda que a definição em conjunto com a Secretaria de Educação tenha sido que os 9º anos receberiam os jornais, todas as turmas acabam tendo a oportunidade de receber e utilizar o material. “Usamos no terceiro ano, com o segundo também. Disponibilizamos para que os professorem tenham acesso. Dependendo do está dentro do processo pedagógico de cada educador é utilizado mais em algumas semanas, em outras menos, mas é sempre aproveitado em sala de aula”, comenta o diretor da instituição, Maico Giovanaz.

Jornal em produção pelos alunos

Foto: Lilian Moraes

Na mesma escola, estudantes de outro 9º ano estão tendo a oportunidade de construir um jornal, abordando assuntos envolvendo a escola.

Também à frente da atividade, a professora Rejane Santos conta que cada trabalho é desenvolvido de acordo com o perfil de cada turma e, embora esteja começando, o projeto pretende envolver os estudantes com assuntos do cotidiano e de fora da rotina. “A ideia é mesclar um pouco. Até para não ficar tanta coisa só da escola, da nossa realidade. Para despertar também o interesse deles de trazer coisas de fora. Por exemplo, surgiu a ideia de montar um horóscopo vinculado aos aspectos do estudo. Tem algumas que querem trabalhar moda, apresentar as tendências. Então, elas vão trazer alguma coisa relacionada ao tema, abordando a utilização dos uniformes na escola, que são obrigatórios”, revela.

Rejane também lembra que a proposta, de início, assustou, mas os alunos acabaram abraçando a ideia. “É algo que eles não estão habituados. Na idade deles, não há um contato frequente com o impresso. Especialmente quando se faz essa comparação entre jornais e empresas diferentes. Quando isso aconteceu, eles se deram conta de que tem publicações que aparecem em um e em outros não. Por exemplo, uns dias atrás, eles estavam com um balancete patrimonial, que despertou uma curiosidade a respeito do assunto, sobre o porquê aquele material é publicado. No decorrer do tempo eles foram se envolvendo cada vez mais”, conta a professora.

Eles comentam

“É uma ferramenta de leitura, também, que eventualmente nós também disponibilizamos para que os estudantes possam levar o jornal para suas casas e as famílias acabam tendo esse contato também, ou seja: esse uso acaba se expandindo para estes núcleos”. Maico Giovanaz, diretor da Emef João Darcy.

 

“Na idade que eles estão é muito importante que eles tenham esse contato, para saber avaliar todas as questões, seja política, econômica ou de organização social. É importante que eles saibam do lugar onde eles vivem, porque eles são as pessoas que vão conduzir a sociedade mais para a frente”. Rejane dos Santos, professora.