Setor imobiliário vivencia novas preferências no cenário pós pandemia

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Em um novo formato profissional, social ou em qualquer outra área existente no nosso cotidiano, a mudança estrutural foi perceptível. As normas sanitárias e as medidas adotadas neste período atípico na sociedade fizeram com que todos se adaptassem a nova realidade, havendo, assim, uma nova percepção diante de fatores antes deixados de lado ou tratados como secundários no momento da escolha de um novo lar.

 

No atual momento vivenciado pelos brasileiros e no mundo inteiro, a valorização de um ambiente amplo e propício para atividade a serem realizadas em locais externos foi uma mudança notável no setor imobiliário. Diante do cenário de “home office”, salas com uma maior circulação, escritórios com mais janelas e um ambiente domiciliar mais arejado de uma forma geral, foram critérios definitivos para escolhas de imóveis neste momento que exigiu de todos uma mudança geral. Por conta disso, apartamentos e casas com amplas salas, ou escritórios com janelas que pudessem facilitar a corrente de ar no ambiente, foram definitivos para escolha na mudança de domicílio.

Nessa nova escala de prioridades para escolha do imóvel, o setor imobiliário se deparou com uma nova demanda. Alguns pedidos que antes aconteciam apenas em casos particulares, agora são constantes e, por conta disso, houve a necessidade de uma maior exploração do mercado para suprir os anseios dos clientes.

A mudança de apartamentos para casas foi constante e a procura por estes imóveis se justificou, na maior parte das vezes, pela necessidade de uma área externa ou um pátio nas residências.

Este cenário proporcionou aos profissionais do setor um novo desafio, um diferente foco no consumo daqueles que estavam se mudando, seja saindo de casa pela primeira vez ou na intenção de buscar um espaço mais adequado, após a primeira experiência morando sozinho. O contato com a natureza, a proximidade de atividades ao ar livre e as experiências adiadas nestes últimos meses foram muito aclamados e motivaram a escolha de novos lares.

Estas novas preferências se justificam pelo fato de que boa parte da população do país e do mundo foi reclusa de atividades externas, que se utilizam de espaços públicos, o que causou um sentimento de ausência destes ambientes, suprimido por novas casas e apartamentos que dispusessem de recursos até pouco tempo restritos.

Nova realidade na escolha dos lares

Novas casas, novos apartamentos e novas ideias foram os fatores que elencaram a grande maioria dos pedidos dos clientes em referência aos novos lares. Assim como aqueles que estavam prestes a sair de casa, a pandemia, juntamente com seus ensinamentos, sugeriu a muitos moradores da região que já possuíam o próprio imóvel a mudança de endereço, apresentando, na maior parte das vezes, o mesmo motivo: ambientes amplos e arejados.

Outro fator presente durante o período da pandemia e que causou uma mudança e um aumento na procura por imóveis foi o número de divórcios presenciados neste período. Como consequência da troca de moradias, o número de imóveis e a procura por estes aumentou, o que se caracterizou como um ponto positivo aos corretores.

Desde o início deste cenário de cautela e prevenção, a procura por imóveis que dispusessem de amplitude, ambiente arejado ou casas com pátio foram o foco e os principais requisitos para aquisição de um novo lar. Diante de novas formas de convivência, trabalho e medidas sanitárias, os gostos pessoais e as preferências mudaram, exigindo, em muitos casos, os mesmos diferenciais por vários clientes que estivessem mudando de lar. Por conta das novas restrições, a grande maioria dos estabelecimentos comerciais teve que se adaptar e mudar as suas normas de convivência. Distanciamento e limite de clientes ou pessoas dentro de um mesmo ambiente foi um dos pontos mais observados neste novo formato de atendimento comercial. Como consequência a isso, aqueles com o interesse de mudar de casa optaram por seguir, por vezes até de forma inconsciente, os modelos adotados pela sociedade, o que vai contra ao que se tinha antes como fator determinante para a escolha de um novo lar, o baixo custo.