Paranhana mobilizado para reverter eventuais perdas de recursos em serviços hospitalares

Região – Liderados pela Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara), os prefeitos seguem mobilizados e em busca da solução para reduzir eventuais impactos do programa Assistir. A iniciativa traz critérios técnicos e justos de rateio dos recursos públicos destinados a serviços de saúde ambulatoriais e hospitalares no Estado. E, a região, através dos Hospitais São Francisco de Assis, em Parobé, Bom Pastor, em Igrejinha, Bom Jesus, de Taquara, além dos hospitais de Rolante, Riozinho e Três Coroas, atendem uma população estimada em 200 mil pessoas.

Prefeito e presidente da Ampara, Diego Picucha, detalhou suas preocupações. “O Estado não reconhece algumas especialidades e serviços que o nosso hospital presta à comunidade. Buscamos a inclusão desses serviços, pois somos referência, além disso, lutamos para a revisão dos valores repassados à nossa maternidade, pois é insustentável manter com os valores atuais”, pontuou Picucha.
O prefeito de Igrejinha, Leandro Horlle, também está muito preocupado com a maternidade do Bom Pastor, mas sem esquecer que tudo é um problema regional. “Estamos preocupados em manter os serviços da nossa maternidade, mas muito preocupados com o horizonte de queda de recursos para os hospitais de Parobé e Taquara, o que impactaria, significativamente, o número de especialidades disponibilizadas à toda região”, pontua. “Vamos ter problemas na área da traumatologia e oncologia”, reforçou o secretário de Saúde de Igrejinha, Vinicio Wallauer.
O deputado estadual, Issur Koch, explicou que está atuando fortemente para reverter essa situação junto ao Estado.

 

Lideranças opinam

Diego Picucha, prefeito de Parobé.
“Somos referência para a região. Queremos que sejam incluídas referências e que ocorra o pagamento dos serviços na maternidade. Com o que é pago pelo Estado, o serviço é insustentável”.

Sirlei Silveira, prefeita de Taquara.
“Esse corte de recursos termina com a possibilidade de atendimento oncológico com a região. Entendo que o HBJ, sendo penalizado com esse corte de recursos, ele trará um grande problema ao governo estadual”.

Vinicio Wallauer, sec. de Saúde de Igrejinha.
“Vamos ficar com várias áreas desassistidas se perdermos esses R$ 10 milhões. Não podemos deixar desassistida a população do Paranhana com a retirada desses incentivos”.

Leandro Horlle, prefeito de Igrejinha.
“Em Igrejinha, estamos preocupados com a manutenção da maternidade, mas em nível regional estamos muito preocupados com a grande queda de recursos prevista para os hospitais de Taquara e Parobé”.

 

Deputado Dalciso acompanha

O deputado estadual, Dalciso Oliveira (PSB), revelou que o Estado vinha sinalizando com esses ajustes há algum tempo. “Existe essa ameaça de perder os recursos, mas o governo estadual, com isso, vai instigar os hospitais a revisarem suas planilhas e serviços prestados. Existia uma rubrica, de 2013, que possibilitava os hospitais a criarem o serviço sem a necessidade da apresentação da produtividade, mas o hospital de Parobé, por exemplo, apresentava a sua produção. E, com apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS), o governo se viu na necessidade de alterar a sistemática da contratualização. Para Igrejinha, ajustamos as pendências e faremos a apresentação de um projeto de incentivo, na ordem de R$ 70 mil, para qualificar os atendimentos em oftalmologia, o que será um avanço”, cita.

Parobé e Taquara

O deputado Dalciso explicou ainda o que os Hospitais São Francisco de Assis, de Parobé, e o Bom Jesus, de Taquara, precisarão fazer nas próximas semanas. “O diretor João Schmitt apresentará ao Estado as planilhas e a produção das especialidades prestadas pelo hospital, para que possamos pedir o incentivo aos serviços já prestados dentro do Programa Assistir. E, Taquara, seguirá a mesma lógica. E, Riozinho, Três Coroas e Rolante, poderão receber recurso novo pelos atendimentos prestados”, conclui Dalciso.