Parobé – Quando se trata de saúde, pequenas atitudes podem representar uma grande mudança na vida de uma ou de mais pessoas. Exemplo disso são as doações de sangue, pois com apenas uma coleta, até quatro vidas podem ser salvas.
Pensando nesse cenário de solidariedade e observando o interesse da comunidade de Parobé em doar sangue, a prefeitura, através da Secretaria de Saúde, decidiu implementar um posto de coleta de doação na cidade para aumentar a arrecadação de sangue e agilizar os serviços de captação do fluido.
Lucas Fernandes, diretor municipal de Cultura e um grande incentivador da campanha, foi quem puxou a frente, passou a discutir a ideia com a Administração e apresentou propostas para que tudo saísse do papel.
Depois de reuniões entre as equipes da cidade, o contato com o Hemocentro em Porto Alegre foi feito. Antes, o município já conscientizava a população deste ato e realizava, quinzenalmente, o transporte dos interessados à capital, para que lá fosse feita a coleta. O objetivo e as tratativas com o Hemocentro foram, então, para criar um local próprio para os doadores na cidade, onde caberia a equipe de Porto Alegre apenas o recolhimento do material doado sem que a comunidade precisasse se deslocar.
Escolha do local, investimentos, capacitação profissional e o início
Foi em 2023 que o projeto se encaminhou. Após receber uma visita dos profissionais do Hemocentro, foi definido o local onde seria construído o posto de coleta: junto à UBS Integração. Além do amplo espaço de estacionamento, a proximidade da unidade à RS-239 foi importante para escolha do local.
Depois disso, o município iniciou o processo de licitação para compra dos equipamentos necessários para estes serviços. Com investimentos na casa dos R$ 50 mil, a Secretaria de Saúde também qualificou 20 profissionais, capacitando-os para a coleta. Depois disso, era questão de tempo para inaugurar este desejo antigo no município.
Em 23/06, a confirmação: Parobé possui um posto para coleta de doação de sangue. A inauguração foi marcada por muita emoção e sentimento de colaboração com muitas vidas no Estado.
Atualmente, Parobé realiza a coleta a cada 15 dias, o que depois é encaminhado ao Hemocentro do Estado, analisado e, posteriormente, disponibilizado por todo o Rio Grande do Sul.
Aumentar a coleta
Em pouco mais de um mês de atividades, o interesse já é de aumentar os trabalhos na cidade. Hoje, com a coleta ocorrendo a cada 15 dias, os números provam a colaboração da cidade com esta causa; já foram 298 bolsas de sangue coletadas e transportadas ao Hemocentro. Em uma conta simples, isso representa que a comunidade parobeense já ajudou a salvar mais de 1.100 vidas no RS.
Vale ressaltar que o município do Vale do Paranhana não possui nenhuma “vantagem” por ser um grande participante desta atividade. Assim como em outras cidades do Estado, a coleta é feita, transportada a Porto Alegre, analisada e separada para que, então, possa ser encaminhada a todos os hospitais do Estado. Para a coleta, o envio das bolsas (que mantém o sangue) é feita pelo Hemocentro. O trabalho em Parobé, agora, é de convencimento para expandir esta ação e coletar semanalmente.
Envolvidos descrevem a ação
Envolvida diretamente nas atividades, a secretária de Saúde de Parobé, Ana Elisa de Lima, descreve a ação na cidade. “Isso foi um marco na história de Parobé, não só para os munícipes, mas para toda a região. Temos que levar em consideração, enquanto gestor, o custo que nós tínhamos para o transporte, as pessoas iam e perdiam uma manhã para doar sangue. Aqui não: vem, doa sangue e em 15 minutos está pronto. Só tem benefício”.
Lucas Fernandes, diretor de Cultura e incentivador da ideia, também comenta sobre o tema. “Sinto um grande orgulho ao saber que o nosso esforço está contribuindo para manter um estoque saudável de sangue no Hemocentro do Estado e que estamos desempenhando um papel vital para salvar vidas”.