Região – O mês de abril foi marcado pela escalada de casos de coronavírus no País e na região e uma das medidas preventivas adotadas para evitar a contaminação de mais pessoas foi a suspensão das agendas eletivas em hospitais. O resultado lógico dessa ação foi o aumento na fila de espera para quem precisa de exames, consultas e cirurgias. Em Igrejinha e Parobé, os atendimentos foram retomados na última semana de abril, mas o número de procedimentos que deixaram de ser realizados é expressivo (veja no quadro ao lado).
Outro elemento que tem agravado a situação das casas de saúde é o aumento no consumo e no preço dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). No Hospital Bom Pastor (HBP), foram utilizadas 6.300 máscaras cirúrgicas em abril contra 1.800 em dezembro passado, conforme a assessoria de imprensa do HBP. A unidade deste item custava R$ 0,12 antes da crise e agora é encontrada a R$ 5,80.
No hospital de Rolante, os procedimentos eletivos foram suspensos durante todo o mês de abril e retornaram no início de maio, de acordo com o diretor Flaubiano Lima. “Trabalhamos com uma capacidade instalada que é muito limitada para aumentar o volume de procedimentos e tentar recuperar o que foi perdido. Fatalmente, as agendas vão sofrer atraso”, avalia.
Ações não realizadas em abril
Hospital de Parobé
Proctologia
105 consultas
20 cirurgias
Urologia
139 consultas
39 cirurgias
Vascular
139 consultas
15 cirurgias
Ginecologia
139 consultas
40 cirurgias
Cirurgia Geral
136 consultas
36 cirurgias
Traumatologia
31 consultas
20 cirurgias
Hospital de Igrejinha
Neurologia
100 consultas
Odontologia
80 consultas
40 procedimentos
Dermatologia
100 consultas
100 procedimentos
Fonoaudiologia
100 testes da orelhinha
80 audiometrias
Otorrinolaringologia
240 consultas
30 cirurgias
Bucomaxilofacial
260 consultas
100 cirurgias
Cardiologia
220 consultas
Traumatologia
300 consultas
Dermatologia
100 consultas e procedimentos
Medo do coronavírus tem levado pacientes a não comparecer aos procedimentos agendados
Essa tem sido a realidade nos hospitais de Igrejinha Rolante e Parobé, dificultando ainda mais a recuperação do tempo perdido. “Temos uma evasão de 30% em consultas e cirurgias. As pessoas não comparecem, especialmente as com idade mais avançada”, diz Lima.